Vacilando

Defesa do Atlético cai de rendimento em 2017 e time perde força em casa

Universidad Católica aproveitou bobeira da defesa do Atlético para comemorar. Furacão não vem repetindo boas atuações de 2016. Foto: Albari Rosa

Melhor defesa do Campeonato Brasileiro do ano passado, ao lado do Palmeiras, e ponte forte do trabalho do técnico Paulo Autuori, o Atlético tem pecado demais nas partidas realizadas na Arena da Baixada neste início da Copa Libertadores. As sucessivas falhas defensivas quase comprometeram a classificação do Furacão na segunda eliminatória, diante do Deportivo Capiatá, do Paraguai, e voltaram a aparecer no empate em 2×2 com a Universidad Católica, do Chile, terça-feira (7), no Joaquim Américo, na largada da fase de grupos do torneio internacional.

O duelo de ida da segunda eliminatória da Libertadores contra os paraguaios, que terminou empatado em 3×3, deveria ter servido de lição para o time atleticano. Foram três gols sofridos em bolas aéreas e, se não fosse a disposição na partida de volta, o Rubro-Negro teria terminado ali a sua participação na competição internacional. Os erros voltaram a aparecer, agora, diante dos chilenos.

Depois de estar vencendo por 2×0 e de até ter o controle da partida, o Atlético permitiu, em três minutos, dois gols do adversário. Foram cinco gols sofridos em casa em três partidas pela Libertadores. No ano passado, durante o Brasileirão, o Furacão, em 19 partidas, foi vazado em apenas seis oportunidades.

“Conseguimos fazer dois gols, mas mais uma vez levamos o empate, coisa que não pode acontecer em casa. Do ano passado para agora continua a mesma coisa, mas estamos tomando gols em vacilo nosso. Mas não é pontual da defesa, tem alguns lances que têm que ser corrigidos, ainda mais dentro da Libertadores. Empate para a gente foi uma derrota”, lamentou o zagueiro Thiago Heleno.

Paulo Autuori repetiu, diante dos chilenos, a mesma estratégia usada em Capiatá, quando o Atlético vencia a partida. Tirou um homem de meio de campo e reforçou a defesa com a entrada do zagueiro Wanderson. A alteração não surtiu o efeito esperado. O Furacão perdeu o controle do jogo, errou no seu sistema defensivo e acabou amargando o empate.

“A gente precisa ter mais o controle do jogo e não podemos errar. Não é normal para a nossa equipe esse tipo de erro dois jogos seguidos. Uma coisa é algo pontual, que não pode ser característica. Esses dois jogos levam a isso. Temos que controlar o jogo no final, dentro da posse de bola, e não errar em situações em que erramos e demos muita facilidade para a outra equipe fazer os dois gols”, explicou o treinador.

Um dos jogadores mais experientes do elenco atleticano, Thiago Heleno afirmou que o momento agora é de reflexão. O defensor rubro-negro falou ainda que não é a hora de achar culpados, mas sim de corrigir os erros. Na próxima quarta-feira (15), o adversário será o San Lorenzo, na Argentina.

“A gente tomou gols que ainda não vinha tomando. Claro que agora vão apontar a defesa, os zagueiros, mas não tem problema. Só espero que cada um reflita sobre o que errou, e durante a semana trabalhe um pouco mais, porque da mesma forma que vem cobrando em cima da gente, a gente também vai cobrar. Se for pegar, erro pontual de zagueiro não teve nenhum. É ter cabeça boa e não apontar para ninguém. É se dedicar ao máximo, trabalhar e corrigir o que erramos”, finalizou ele.

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