Antes ponto forte do time, principalmente em 2016, a defesa do Atlético não vem repetindo o mesmo desempenho em 2017. Nos últimos dois jogos, o Furacão levou seis gols, todos em plena Arena da Baixada e atrapalharam o rendimento da equipe como um todo, uma vez que o título do Campeonato Paranaense ficou difícil – o Rubro-Negro precisará ganhar do Coritiba no Couto Pereira por, pelo menos três gols de diferença, para levar a decisão para os pênaltis, e a classificação na Libertadores agora depende de uma vitória sobre a Universidad Católica, no Chile.
- Torcida do Atlético perde a paciência e chega a pedir Walter e André Lima
- Abatidos, jogadores do Atlético admitem outra má atuação na Arena
Porém, os números da zaga não são ruins de agora. Ao longo de todo o ano o setor vem deixando a desejar. Contando apenas o time principal, o Atlético jogou 15 partidas, sendo nove pela Libertadores e seis pelo Estadual, e sofreu nada menos do que 18 gols, média de 1,2 gols por jogo, uma média muito acima daquele 0,84 do ano passado.
E na maioria das vezes em que foi vazado, o Furacão sofreu com as bolas aéreas. Contra o San Lorenzo foi assim. Os dois primeiros gols dos argentinos foram com bolas levantadas na área e o técnico Paulo Autuori assumiu a culpa pela desorganização.
“Esse é um momento complicado, difícil. Sempre foi o nosso forte e perdemos muito isso, a organização do sistema defensivo. São momentos em que as equipes tomam gols assim, acaba desorganizando tudo em nível de atenção. Sabíamos da jogada, nos posicionamos errados e sofremos o gol”, afirmou o treinador.
“Parabéns ao adversário, fez uma bela partida e merceu ganhar. Nós perdemos muito em organização, não fomos uma equipe organizada e não merecemos outros resultado. Quando se perde jogando mal, a responsabilidade do técnico e não tenho dificuldade nisso. Quando o coletivo da equipe não vai bem, é responsabilidade do treinador. A equipe não esteve bem mais uma vez e futebol traz esses momentos. Em uma semana muda completamente as coisas”, acrescentou.
O meia Lucho González, no entanto, apesar de ressaltar que o Furacão perdeu a força defensiva, ressaltou que a queda de produção é de todo o time, que está tendo muita falta de atenção em campo.
“A gente era muito forte defensivamente, mas somos um time e estamos deixando de fazer este esforço, de ter atenção. Temos que levantar a cabeça e corrigir estas tomadas de decisões”, declarou o camisa 3 atleticano.