Crysan não é titular do Atlético. Pelo contrário, desperdiçou as chances que teve e é hoje o terceiro na ordem dos atacantes (atrás de Walter e André Lima). Mas seu comportamento foi o assunto da coletiva desta sexta-feira (20) no CT do Caju. O técnico Paulo Autuori evitou condenar o jogador, que pediu silêncio a torcedores quando fez um gol que acabou anulado contra o Dom Bosco-MT, pela Copa do Brasil.
Mesmo assim, o técnico deixou claro que o que houve na quarta-feira (18) serve de lição para todos. “Não dá para deixar se levar pela euforia de estar ganhando e fazer coisas que são pouco sérias. Quero gente com atitude, que não se deixe abater por vaias e tampouco se empolgue por momentos bons. Quero uma equipe que saiba o que fazer em todos os momentos”, avisou.
Ao falar sobre isso, Autuori não falou de Crysan – que pediu desculpas à torcida depois da repercussão do fato e falou que a cobrança era direcionada a um único torcedor. E ao ser perguntado diretamente sobre o caso, preferiu colocar panos quentes. “A conversa é de foro íntimo. Sou uma pessoa discreta, tenho obsessão por privacidade. Essas situações não precisa fazer espalhafato, elas se resolvem no momento certo, com pessoa certa, no local certo”, disse o treinador, que se definiu como “obsessivo pela privacidade”.
Por isso, ele reclamou do excesso de exposição a que estão sujeitos os personagens envolvidos com o futebol. “Hoje em dia há uma preocupação muito grande de expor completamente a vida de todo mundo, os meios sociais propiciam isso. De mim vocês jamais vão ouvir algo que tenha relação com a privacidade”, completou.