Depois da goleada sofrida para o Corinthians, o técnico Cristovão Borges mexeu no time do Atlético. Contra o Sportivo Luqueño, ontem, o Furacão foi a campo com dois atacantes: Walter e Dellatorre. No primeiro tempo, Dellatorre começou pelo lado esquerdo, fechando a linha de três meias, com Marcos Guilherme pela direita, Bruno Mota pelo meio e Walter mais à frente. Um pouco mais atrás, Hernani tinha liberdade para apoiar. Mas esta postura não surtiu efeito.

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Tanto que no primeiro tempo o Furacão teve poucas oportunidades, quase nem criou jogadas e a distribuição em campo mudou, com o camisa 18 deixando de ser o centroavante e virando uma espécie de pivô e armador. Tinha toda a liberdade de sair da área e buscar as jogadas.

Com isso, no segundo tempo, o Rubro-Negro voltou pressionando os paraguaios. Mas o time só ficou perigoso quando Nikão substituiu Dellatorre. Foi notória a evolução da equipe, que ganhou mais mobilidade e velocidade. Mesmo com a troca, Walter seguiu jogando mais fora do que dentro da área. Tanto que foi ele que construiu a jogada do gol. Arrancou da intermediária pelo lado do campo e cruzou para Nikão, que dominou e rolou para Marcos Guilherme.

Só que defensivamente o Atlético ficou um pouco exposto. Por algumas vezes o Luqueño chegou com perigo, principalmente quando Cristovão mandou o Furacão para cima, tirando Roberto para colocar Daniel Hernandéz. Assim, Bruno Pereirinha foi para a lateral-esquerda e apenas Otávio ficou como volante de origem. A formação acabou apresentando as falhas na defesa, que perdia para os adversários nas jogadas em velocidade. Mas o dedo do treinador já mostrou que, mudando a forma de jogar, o Rubro-Negro pode evoluir.

Paraguaios em peso

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O espaço destinado à torcida visitante na Arena da Baixada quase ficou pequeno para a apaixonada torcida do Sportivo Luqueño acompanhar a partida de ontem à noite. Homens, mulheres, crianças, novos ou velhos. Não importava o sexo, nem a idade. Os torcedores paraguaios viajaram quase mil km para acompanhar o jogo, lotaram o espaço destinado a ele e durante toda a partida já demonstraram um pouco do que o Furacão vai enfrentar na partida de volta, quarta-feira que vem, em Luque.

Ao todo, foram 32 ônibus e quase dois mil torcedores do Sportivo Luqueño que pegaram a estrada. Além disso, cerca de 75 carros particulares atravessaram a fronteira, sem contar aqueles que vieram de avião para acompanhar o duelo, que foi histórico para os paraguaios.

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Duas horas antes de a bola rolar, no entorno da Arena, o movimento maior era dos torcedores do adversário. Em bares e lanchonetes próximos ao estádio, a torcida do Sportivo Luqueño já fazia a sua festa. Um táxi de Luque foi visualizado pelos torcedores transitando nas ruas próximas ao estádio e causou grande euforia.

O torcedor Miguel Gomez, de 38 anos, que veio em um dos ônibus de Luque para Curitiba, afirmou que a caravana saiu por volta das 20h de terça-feira do Paraguai e que a chegada na capital paranaense aconteceu às 15h de ontem. Ele, que apostou na vitória do time paraguaio por 1×0, admitiu que, apesar de o clube não viver um bom momento no Campeonato Paraguaio, veio motivado. “Estamos do meio para baixo na tabela no Nacional, mas ainda não perdemos na Sul-Americana. A mobilização foi muito grande para a torcida vir para cá acompanhar essa partida e lotamos o nosso espaço”, apontou Gomez.

Para o duelo de volta, semana que vem, em Luque, o torcedor já avisou que a pressão sobre o Atlético será muito grande. São esperadas pelo menos 25 mil pessoas no estádio Feliciano Cáceres. “O estádio não é muito grande. Com certeza 25 mil pessoas vão lotar o estádio e causar muita pressão. Nossa torcida é apaixonada, fanática e sempre lota o estádio, principalmente em confrontos importantes”, finalizou o torce,dor. (Luiz Ferraz).

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