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Cotado pra comandar o Atlético, Seedorf ainda não engrenou como técnico

Em 2013, no último ano como jogador, Seedorf comandou treinamentos com a garotada do sub-17 do Botafogo, antes de virar treinador do Milan, da Itália. Foto: Vitor Silva / SSPress / Botafogo

Como vem se acostumando a fazer nos últimos anos, o Atlético pode surpreender novamente na contratação do seu próximo técnico. Um dos nomes monitorados pelo clube é do holandês Clarence Seedorf. O jogador se aposentou no futebol brasileiro em 2014, aos 37 anos, quando vestia a camisa do Botafogo, e logo depois se tornou técnico, inclusive com a licença A da UEFA, que permite que ele treina qualquer time do mundo.

Conhecido pela liderança dentro de campo, Seedorf nunca escondeu que tinha como objetivo virar um técnico. Tanto que no final da carreira, no Botafogo, chegou a comandar treinamentos nas categorias de base do clube carioca, além de ser uma espécie de ‘tutor’ dos mais jovens no elenco profissional. Até por isso, quando surgiu a proposta do Milan, não pensou duas vezes em se aposentar para adotar a nova função.

A carreira do holandês como jogador foi uma das mais brilhantes de todos os tempos. Seedorf foi único jogador a conquistar a Liga dos Campeões por três clube diferentes (Ajax, Real Madrid e Milan). Já a curta trajetória como treinador é muito menos glamorosa. A primeira experiência foi no Milan.

No entanto, a passagem dele pelo San Siro durou menos de seis meses. O desafio era reerguer o rubro-negro italiano depois de um começo ruim na temporada, e o clube ficou apenas na oitava colocação da competição, 45 pontos atrás da campeã Juventus. Em 22 jogos, foram 11 vitórias, nove derrotas e dois empates, um aproveitamento de 53% que não permitiu que ele continuasse no gigante italiano.

No Milan, Seedorf não teve muito sucesso como treinador, com 53% de aproveitamento.  Foto: Divulgação
No Milan, Seedorf não teve muito sucesso como treinador, com 53% de aproveitamento. Foto: Divulgação

O ex-meia ficou praticamente dois anos inativo, até ser contratado pelo Shenzhen FC, da segunda divisão chinesa, onde trabalhou com Dida como seu auxiliar-técnico. O objetivo era levar o time à elite, mas terminou a temporada na nona colocação e foi demitido em dezembro de 2016. Apesar de algumas sondagens do mercado inglês, Seedorf não trabalhou na atual temporada. No total, como treinador ele trabalhou em 35 jogos, com 14 vitórias, 6 empates e 15 derrotas.

Força extra-campo

No Brasil, além de levar o Botafogo para a Libertadores, Seedorf ficou marcado por participar do movimento Bom Senso F.C, que tinha como objetivo cobrar da CBF melhorias no calendário do futebol, e sempre foi um crítico da qualidade dos jogos aqui no país.

“O Brasil acha que conquistará as coisas só com o talento, porque isso seus jogadores sempre tiveram, então acabou. Não existe mais aquela diferença técnica de antigamente”, disse eçe, em uma das passagens por aqui depois da aposentadoria.

Uma postura similar à do Furacão, que nos últimos anos tem criticado o calendário do futebol brasileiro, questionando os estaduais e que teve em Paulo Autuori, como treinador e depois gestor, um dos porta-vozes dessas contestações.

Além das ideias parecidas em relação à organização do futebol brasileiro, pesa a favor de Seedorf o fato de ser um técnico com formação na UEFA, algo visto por bons olhos por quem escolhe treinador no Atlético. No momento, o Rubro-Negro está sem a figura do gestor de futebol, então a decisão sobre o próximo técnico passará pelo presidente do Conselho Deliberativo, Mario Celso Petraglia, e pelo DIF (Departamento de Informação do Futebol).

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