O novo momento que vive o Atlético, como já era de se esperar, refletirá também em novidades dentro de campo. Isso porque, provavelmente, o técnico interino Tiago Nunes promoverá a volta do esquema tático 4-2-3-1. Portanto, o polêmico 3-4-3 tão utilizado por Fernando Diniz, que forçava algumas improvisações de jogadores fora de suas posições, deve ficar no passado. Uma nova formação chega ao Rubro-Negro e, com ela, uma oportunidade para reavaliar a escalação.
- Furacão vai negociando peças que estavam encostadas no elenco
- Atlético sem Petraglia e com Tiago Nunes no gramado. E agora?
Além de pensar diferente do ex-técnico em relação ao posicionamento do time, Nunes tem larga experiência como treinador nas categorias de base e, por isso, a tendência é que volte a dar uma chance à piazada por ele utilizada no Campeonato Paranaense. Muitos desses jogadores que conquistaram o Estadual tinham sido dispensados por Diniz e, agora, poderão voltar à equipe principal.
Esse pode ser o caso do meia Matheus Anjos, que fez seis jogos na competição regional, mas foi pouco aproveitado pelo ex-comandante e acabou encaminhado ao time de aspirantes. Outro com situação parecida é Diego Ferreira, que entrou em campo nove vezes no Paranaense. O lateral-direito deverá ter chance de, pelo menos, estar no banco, já que Jonathan deverá ser o titular.
Entre os que já estão no time, alguns devem perder a vaga, como é o caso de Zé Ivaldo. Como serão apenas dois zagueiros no time, e Paulo André voltou a treinar e Thiago Heleno é titular absoluto, não há espaço para ele. Wanderson, uma quarta opção de Diniz para a posição (quando optava pelos defensores de origem), terá que brigar para voltar a ter oportunidade.
No meio, Pavez e Bruno Guimarães devem voltar à posição de costume, pois estavam improvisados. Quando disputou o Estadual, Bruno Guimarães foi destaque na meia, sendo apontado por muitos como um dos melhores jogadores da competição por sua característica de criação. Com Diniz ele também foi aproveitado para reforçar a defesa. Matheus Rossetto, que também estava atuando improvisado, é outro que deve voltar às origens.
Números
Com todas essas mudanças, o comandante interino terá a oportunidade de melhorar o aproveitamento dos setores das pontas, já que ataque e defesa não vão bem. Em 12 jogos no Campeonato Brasileiro, foram 15 gols sofridos e apenas dez marcados. O time tem saldo de cinco gols negativos é o vice-lanterna na competição, com nove pontos.
Para organizar a casa, Tiago Nunes terá três semanas, já que o Furacão volta a campo no dia 16 de julho. O tempo para os treinamentos será essencial, já que, após a Copa do Mundo, o time terá uma forte sequência de jogos. Serão cinco compromissos em 13 dias. O primeiro confronto será pela Copa do Brasil, com o Cruzeiro, no Mineirão. Em casa, o Atlético volta a atuar no dia 19, contra o Internacional, pelo Brasileirão.
Sabendo da importância do período de recesso para que o time se refaça – física e psicologicamente -, Thiago Heleno quer a união do grupo neste momento crítico que vive o Rubro-Negro.
“Temos que estar juntos, nos fechar ao máximo e com muita concentração. Essa sequência vai ser forte e temos que trabalhar bem”, afirmou o camisa 44.