Sorte ou qualidade?

Carrasco do Fluminense, ‘sortudo’ Ribamar acaba com jejum de atacantes do Atlético

Goleiro Julio Cesar e Ribamar observam a bola morrer nas redes. Gol mostrou que o atacante é carrasco do Fluminense e acabou com má fase dos atacantes. Foto: Jonathan Campos

Além dos três pontos e do fim do jejum de vitórias, o triunfo do Atlético por 3×1 sobre o Fluminense, no último domingo (17), na Arena da Baixada, acabou também com uma sequência de seis jogos sem um centroavante da equipe marcar. Aos 34 minutos do segundo tempo, Ribamar recebeu um passe açucarado de Sidcley e bateu na saída de Julio Cesar, fazendo o segundo gol atleticano na partida.

“O Sidcley entrou muito bem na partida, teve uma bela visão no meu movimento, enfiou a bola e eu pude concluir. É meio gol dele. O importante é sempre vencer, mas atacante vive de gols e hoje pude ajudar a equipe e saímos vencedores da partida”, afirmou o atleta.

Uma jogada que coroou a insistência do camisa 9 do Furacão, que já vinha de uma bola na trave no empate com o Coritiba, na rodada passada, e apareceu diversas vezes diante da equipe carioca, mas até então não conseguindo aproveitar, inclusive parando no travessão, parecendo viver um filme que já vinha se repetindo.

Desde o dia 31 de julho, quando o Rubro-Negro derrotou o Vasco por 1×0, um atacante não marcava gols. Naquela ocasião, foi o próprio Ribamar quem balançou as redes. De lá pra cá, o Atlético havia marcado mais onze gols em seis jogos, mas nenhum do homem de referência da equipe.

Mas a confiança para esta partida era grande, não só pelo trabalho, mas também por um tanto de superstição. Com o gol marcado no domingo, Ribamar chegou a seis como profissional, sendo quatro deles justamente contra o Fluminense. Quando ele deixou o Botafogo, no ano passado, já havia deixado sua marca três vezes contra o rival.

“Tenho sorte e um pouco de merecimento, porque trabalho muito forte. Procuro fazer gols em todos os jogos, mas parece que contra o Fluminense as coisas acontecem”, tentou explicar o atacante.

De qualquer maneira, o aproveitamento diante do tricolor carioca pesou para que o técnico Fabiano Soares escolhesse o jogador para ser titular. No Atletiba, Ribamar havia perdido a posição para Ederson, e apesar de ter atuado melhor na etapa final, quando entrou, para este confronto o retrospecto também pesou para voltar a ser titular.

“Na verdade, eu pensava em colocar ele sempre contra um time carioca. Tem jogador que tem sorte contra alguns times, o Ribamar é um desses, e aproveitei esta sorte do Ribamar contra o Fluminense e o coloquei. Agora, espero que ele siga crescendo, assim como o Ederson e o Eduardo da Silva, para que o Atlético siga crescendo”, afirmou o treinador.

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Em quase dois meses, contando a derrota por 1×0 para o Santos, pela Libertadores, Ribamar chegou a oito partidas com a camisa do Furacão, sendo sete deles como titular. Uma confiança do comandante que ele espera retribuir com mais gols daqui para frente.

“O professor sempre me dá muita confiança, principalmente nos treinamentos. Mas no começo eu estava fora de ritmo, tinha que ir com calma, mas agora estou 100% e as coisas estão começando a andar”, completou o jogador.

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