Imbatível

Com rendimento espetacular em casa, Atlético ruma pra Libertadores

Pablo é festejado pelos companheiros. Se a defesa de novo saiu invicta, foi o atacante quem decidiu a partida. Foto: Daniel Castellano
Pablo é festejado pelos companheiros. Se a defesa de novo saiu invicta, foi o atacante quem decidiu a partida. Foto: Daniel Castellano

Cazares, Bruno Alves, Diego Renan, Vítor Hugo, Valdívia e Filipe Machado. O que esses seis jogadores têm em comum? São os “privilegiados” que marcaram gols no Atlético na Arena da Baixada neste ano. Com a vitória de sábado sobre o Cruzeiro por 1×0, o Furacão chegou ao 11º jogo sem sofrer gols em casa – marca que, somada às outras três partidas que o time venceu sendo vazado, dá ao time o excepcional aproveitamento de 86,3%, o melhor do Campeonato Brasileiro e responsável pela volta rubro-negra ao grupo de classificados para a Copa Libertadores.

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É um rendimento impressionante do sistema defensivo rubro-negro nos jogos em casa. Fruto, segundo o técnico Paulo Autuori, da organização tática da equipe. Realmente, na partida contra o Cruzeiro, o Furacão teve inteligência para não se desesperar com a pressão adversária, e soube parar as perigosas armas ofensivas que vieram do banco, Ábila e Rafael Sóbis. “Foi uma vitória muito importante para nós. Estou bastante satisfeito com o esforço coletivo e tático da equipe”, disse Autuori.

E a defesa também ajudou na construção da vitória. O destaque do jogo, mais uma vez, foi Hernani, desta vez a maior parte do tempo em sua posição de origem, como segundo volante, saindo para o jogo e aparecendo como elemento surpresa. E atrás dele veio Nicolas, que voltou a ser titular, no lugar de Renan Lodi, e mostrou seu diferencial, que é o passe qualificado. Antes do gol da vitória, ainda a 13 minutos do primeiro tempo, o lateral tinha colocado dois cruzamentos perigosos na área. Quando ele bateu o escanteio e Pablo desviou, era para ser uma jogada ensaiada, mas Manoel entrou no lance e acabou fazendo contra.

Na etapa inicial, o Atlético foi superior, com Weverton voltando para o vestiário com o uniforme limpinho. Mas depois ele teve que trabalhar com o maior volume de jogo da Raposa. E aí veio a valorização da vitória rubro-negra, pois os mineiros apostaram nos seus principais jogadores, que começaram no banco para serem preservados para a semifinal da Copa do Brasil contra o Grêmio, na quarta-feira. “Saiu Arrascaeta e entrou o Sóbis. Saiu Willian e entrou o Ábila, que é artilheiro deles. Então são situações que temos de trabalhar. A equipe fez um bom jogo, enfrentou um adversário de qualidade e que não merece estar onde está no campeonato”, afirmou Paulo Autuori.

Mas apesar da vitória e do G6, o treinador atleticano não perdeu a chance de criticar os dirigentes do futebol sul-americano. “Continuo a criticar como isso (o aumento de vagas para a Libertadores) foi feito. São situações diferentes em todos esses clubes. Mas são arranjos. A Conmebol não toma a atitude que tem que tomar em relação à presidência da CBF. Pelo contrário, dá mais duas vagas. Para mim, é um absurdo”, resumiu.