Meio termo

Com reformulação do projeto, Atlético divide funções entre Petraglia e técnico

Petraglia será o dono da bola do Atlético em 2018, acumulando funções e sendo responsável pela montagem do elenco. Foto: Marcelo Andrade

O Atlético se reapresenta nesta quinta-feira (4) com um novo comandante, que vai liderar o time principal não apenas dentro de campo, como também será responsável pela coordenação técnica geral. Fernando Diniz fica ligado ao departamento de futebol do clube, onde deve manter diálogo com todas as categorias e com a diretoria.

No entanto, parte do novo modelo de gestão, ao que parece, foi adiado. O motivo principal foi a demora de Seedorf para assinar o contrato com o Furacão. Além da negativa do holandês, Marcelo Sant’Ana, ex-presidente do Bahia, que acertaria para ser CEO, também ficou de fora por opção do clube, e Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo, resolveu colocar na gaveta o antigo projeto e buscar no mercado uma opção mais convencional.

Prova disso é que o dirigente foi atrás de um profissional que já estava empregado. O novo técnico será Fernando Diniz, que tinha acabado de chegar ao Guarani. Porém, ele se despediu do Bugre na última terça-feira (2) e assinou na quarta-feira (3), assumindo uma função que vai além do convencional comando técnico.

Diniz será responsável pela equipe que disputará a Copa do Brasil, o Campeonato Brasileiro e a Copa Sul-Americana, além de cuidar de outras funções, como a integração com as categorias de base. O cargo será o mesmo que foi oferecido a Paulo Autuori no final do ano, após a demissão de Fabiano Soares. O então gestor manteria as funções, mas retornaria à beira do gramado, algo que ele não queria mais no Brasil. Com isso, acabou indo embora e em seguida acertou com o Fluminense.

Porém, com personalidade forte e uma forma muito particular de montar o time, Diniz corre o risco de passar pela mesma situação que passou Eduardo Baptista no começo do Brasileirão do ano passado, quando ficou apenas 13 jogos à frente da equipe rubro-regra e foi dispensado por vários motivos. Um deles por não ter se encaixado 100% no perfil que o clube procurava. O novo treinador responderá diretamente a Petraglia.

Manda-chuva

Além de um treinador e coordenador técnico, o clube buscava por um gestor, que seria o CEO, com o perfil de Petraglia, como ele mesmo disse “o perfil sou eu” para ser uma espécie de ‘segundo’ presidente. Porém, com o plano adiado, o dirigente agora acumula as funções de presidente do Conselho Deliberativo e CEO, ficando diretamente ligado ao futebol, além de acumular as funções administrativas, que já vinha fazendo no ano passado.

Neste caso, a estrutura de futebol rubro-negro permanece sem grandes mudanças. Petraglia conta com uma rede de profissionais no clube que colaboram diretamente no futebol, além do Departamento de Informação do Futebol (DIF), que é dirigido por William Thomas e pelo ex-jogador do clube, Sidiclei Menezes, que colabora diretamente para as contratações do Furacão. O modelo coloca o técnico em um papel mais tradicional, com foco apenas no time principal, mas também supervisionando a categoria de base.

Para o Campeonato Paranaense, o projeto segue sem alterações. Um time sub-23, sob o comando de Tiago Nunes disputará o Estadual, que para o Furacão começa no dia 20 deste mês, contra o Maringá, na Arena da Baixada. No ano passado, a equipe B acabou fazendo uma boa campanha, que levou o time à final da competição, mas acabou com o vice-campeonato. No mesmo período do Estadual, o time principal do Furacão disputa a Copa do Brasil, que para o Atlético deve começar no dia 31, contra o Caxias. Depois, a partir de abril, a equipe inicia a participação no Brasileirão e na Copa Sul-Americana.

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