Desde que 2016 acabou e a 2017 começou, o Atlético não escondeu de ninguém que o foco principal do ano era a Copa Libertadores e deixou o Campeonato Paranaense como um laboratório para o elenco. Ainda mais diante da mudança do calendário, tendo dois mata-matas seguidos pelo torneio continental para chegar à fase de grupos, além de ter conquistado o Estadual na temporada passada, encerrando um jejum de sete anos sem títulos.
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Porém, a partir desta semana, o projeto Libertadores do Furacão se transformou em projeto Campeonato Paranaense. Das próximas três rodadas, o time principal entrará em campo em duas delas, contra o J. Malucelli, amanhã, e o Paraná Clube, na última rodada. Em sétimo na classificação, com dez pontos, o Rubro-Negro precisaria de mais uma vitória e um empate, restando mais três partidas, para garantir uma vaga na segunda fase do torneio.
Por mais que o técnico Paulo Autuori tenha afirmado na semana passada que não está tão preocupado com os resultados, mas sim com o futebol apresentado pelo time, uma eliminação precoce do Estadual certamente faria a torcida perder a paciência e se virar contra o time, mesmo com o bom momento na Libertadores. Sem contar que o torneio continental só será jogado agora na metade de abril.
Para não deixar os titulares só treinando, o comandante atleticano quer também colocar esta equipe no duelo de ida das quartas de final, para manter o elenco jogando, mas alguns nomes podem ser poupados destes duelos.
“O importante é recuperarmos bem a equipe, que vem de um jogo desgastante na Argentina. Vamos avaliar com calma, com paciência, o estado dos jogadores, principalmente a questão física”, disse o auxiliar-técnico Bruno Pivetti.
Com um mês inteiro praticamente para pensar no Paranaense, o Furacão sabe que a responsabilidade aumenta, principalmente em caso de tropeço com os mais ‘experientes’ jogando. A classificação, até pela estrutura e diferença financeira, é obrigação. Pelo equilíbrio da tabela, o Rubro-Negro corre sérios riscos de fazer um clássico contra Paraná ou Coritiba logo na próxima fase.
Uma boa pontuação também ajudaria num caminho, na teoria, mais tranquilo no mata-mata. Ou seja, a missão nesta reta final é mostrar que a oscilação no campeonato se dá apenas pela inexperiência da maioria do grupo alternativo, repleto de garotos. Porém, pelo menos externamente, o Atlético não trabalho com uma projeção de pontos ou caminho daqui para frente.
“No futebol não tem muito espaço para fazer projeções. A nossa projeção sempre é o próximo jogo, que é o mais importante. Se a gente se entregar bem, colocar toda a nossa força física, tática e psicológica, fica difícil para qualquer adversário”, completou Pivetti.