Depois do empate sem gols com o J. Malucelli e de críticas mais intensas dos torcedores nas arquibancadas da Arena, o técnico Claudinei Oliveira pregou serenidade na avaliação da atuação do time. Ele disse estar acostumado com as cobranças dos torcedores e garantiu a manutenção do time principal nos próximos dois compromissos pelo Paranaense – contra Operário e Maringá.
“Quarta-feira a gente joga [contra o Operário, no Germano Kruger], sábado também [contra o Maringá, na Arena], não sei se vamos jogar sempre porque tem a Copa do Brasil, mas não tenho medo de jogar o Paranaense, toda hora que tiver vamos jogar”, disse o técnico, que pregou um discurso de trabalho para reconquistar o torcedor.
Das arquibancadas, os rubro-negros não pouparam críticas ao time, que faz uma campanha fraca no Estadual – soma apenas oito pontos, com duas vitórias, dois empates e três derrotas em sete rodadas. O desempenho é pior quando se compara as atuações do time principal, que jogou as últimas duas rodadas – perdeu para o Foz e empatou com o Jotinha – com o sSub-23, que venceu os únicos dois jogos do Furacão no campeonato. Os protestos foram ainda mais intensos contra os atacantes Cléo e Dellatorre – nos dois jogos com o time principal o time não balançou as redes – e contra o meia Paulinho Dias.
“Estamos acostumados às cobranças. No ano passado demos a resposta, perdemos o Marcelo, mas praticamente o mesmo grupo deu a resposta jogando”, ponderou Oliveira, que acrescentou: “Ninguém tem sangue de barata, o jogador vê o torcedor pressionar e quer fazer o gol. Não é assim que funciona o futebol, você não faz gol de qualquer jeito”, disse, analisando os efeitos das críticas ao desempenho do time.
Sobre o jogo, o técnico disse ter gostado do desempenho no primeiro tempo e considerou normal a maior presença ofensiva do Jotinha na etapa final, principalmente pela proposta de jogo do adversário de jogar no erro atleticano. “A nossa equipe dominou praticamente todo o primeiro tempo, tivemos não só posse de bola como criamos algumas chances. No segundo tempo, expomos a equipe e eles criaram espaços, a postura foi o que a gente esperou, eles jogaram no nosso erro. Poderíamos perder o jogo, mas tínhamos que propor o jogo, os espaços foram criados pela necessidade do resultado”, analisou.
Para os atletas, a sequência de jogos no Paranaense é comemorada. “Para a gente é bom, temos que levantar a cabeça para reverter isso. É normal virem as críticas, ganhando aparecem os elogios, por isso temos que levantar a cabeça e trabalhar para sair dessa situação”, disse o meia Nikão.