Subir de patamar. É o que significa para o Atlético uma classificação para a Copa Libertadores do ano que vem. Estar na competição continental representa mais dinheiro entrando, mais interesse comercial, mais sócios, mais possibilidades de expandir a marca.
Por mais que a grana distribuída diretamente pela Conmebol para o torneio seja menor que o imaginado, tudo que vem por tabela é positivo. “A Libertadores é atraente do ponto de vista econômico na nossa realidade de mercado. Mas essa coisa que não é tangível, o reconhecimento da marca, a valorização do clube e jogadores, é o mais importante”, disse o presidente Luiz Sallim Emed.
Por isso o interesse tremendo que o Atlético – e tantos outros clubes – tem em ir pra Libertadores. “Do ponto de vista indireto, a competição é muito importante. Há a valorização de todo o elenco, de cota de patrocínios, bilheteria, sócio-torcedor. No fim das contas compensa, especialmente para um time como o Atlético, que não faz loucuras para se classificar”, comentou o consultor Amir Somoggi, especialista em negócios do futebol.
As tais “loucuras”, às vezes pedidas pelos torcedores, seguirão não sendo feitas. Mas é óbvio que o grau de investimento rubro-negro será maior se a Libertadores estiver no calendário. E seguirá crescendo se o clube conseguir ter uma constância nas participações, que é um plano da atual diretoria. “Meu pensamento é que tem de participar sempre. Uma hora ganha. Esse é nosso principal objetivo. Não podemos perder essa oportunidade de classificação”, resumiu o presidente Sallim.
Seria a quinta participação rubro-negra na competição. Em 2000, o time foi eliminado nas oitavas de final pelo Atlético-MG. Dois anos mais tarde, entrando como campeão brasileiro, caiu na fase de grupos. Em 2005, a melhor campanha, chegando à final e perdendo para o São Paulo. Na última vez em que jogou a Libertadores, em 2014, o Atlético foi eliminado na primeira fase.
