Fim dos 100% de aproveitamento, chance de derrubar o rival desperdiçada e a queda da segunda para a terceira colocação no Campeonato Brasileiro. Analisando por este lado, o empate em 2×2 com o Coritiba na Arena da Baixada tinha tudo para ser lamentado pelo Atlético. Mas o que aconteceu foi justamente o contrário.
Duas vezes atrás no placar, o Furacão mostrou que não se abala quando sofre o gol e que tem forças para reagir. Transformou sua casa em um verdadeiro caldeirão mais uma vez e provou que quando joga na Arena, é quase imbativel. A torcida pode sim acreditar que o desacreditado Rubro-Negro do Campeonato Paranaense pode sim brigar até o fim pelo G-4 do Brasileirão e sonhar com Libertadores.
Milton Mendes teve méritos na postura da equipe no clássico. O time, é verdade, não começou bem e foi sufocado pelo Coritiba. Mas bastou o treinador mexer seus pauzinhos para que o Atlético voltasse com tudo no segundo tempo e ditasse o ritmo da partida, mesmo sem o seu principal jogador até aqui na competição, o meia Nikão, que estava suspenso.
Além dele, a partir de agora o treinador terá mais opções. o zagueiro Léo Pereira e, principalmente, o meia Marcos Guilherme estão de volta após defenderam a seleção brasileira na Copa do Mundo sub-20. O zagueiro chileno Christián Vilches já está treinando no CT do Caju e logo estará à disposição.
Ou seja, além daquele time titular que a torcida tem cada vez mais claro na cabeça, e que vem jogando bem, aos poucos o banco de reservas também vai ficando mais recheado e deixando menos preocupado os atleticanos quando existir algum desfalque. Chance de manter este ritmo inicial por mais um tempo, deixando o rótulo de ‘cavalo paraguaio’ apenas para os críticos.
Fora
O saldo negativo do clássico para o Atlético são os dois desfalques importantes para o setor defensivo. Tanto o goleiro Weverton, como o zagueiro Kadu, receberam seus terceiros cartões amarelos e são baixas para a partida contra a Ponte Preta, domingo. Ambos foram advertidos por causa de reclamações com o árbitro.
As ausências serão uma nova prova para o setor defensivo atleticano, muito criticado em 2014 e que, nesta reta inicial de Brasileirão, em 2015, vinha sendo considerado um dos pilares da sólida campanha do time. (Júlio Filho).