Na ressaca de dois eventos bem distintos – a tensão da crise interna e a euforia por ver Weverton ser o herói do título olímpico -, o Atlético não conseguiu se aproximar do G4. Em um confronto direto na luta pelas primeiras colocações do Campeonato Brasileiro, o Furacão perdeu para o Atlético-MG por 1×0, neste domingo (21), no estádio Independência. O resultado deixa o Rubro-Negro com 30 pontos, enquanto o Galo está cada vez mais perto da disputa pelo título.

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Sem vários titulares (Weverton, ainda comemorando a medalha de ouro; Léo, Otávio e Hernani, suspensos; Paulo André, Deivid, Pablo e Nikão, lesionados; o afastado Vinícius e o negociado Walter), Paulo Autuori mandou a campo uma equipe bem diferente. No papel, um 3-5-2 com Thiago Heleno liderando os jovens Marcão e Wanderson. No meio, marcação com Renan Paulino e Matheus Rossetto e velocidade com Lucas Fernandes e Marcos Guilherme (que abandonou a camisa 10 e agora joga com a 22). E só André Lima na frente. Olhando com mais atenção, parecia mais um sub-23 do que o Furacão que chegou ao grupo dos melhores do Campeonato Brasileiro.

E quando se defendia, o Atlético tinha nove jogadores atrás da linha da bola. Os laterais Rafael Galhardo e Sidcley recuavam e a última linha de marcação tinha cinco jogadores. Um ferrolho daqueles para impedir que Robinho, Maicosuel e Pratto tivessem espaço. Quando roubava a bola, o Furacão saía em altíssima velocidade, liberando totalmente os laterais e jogando em cima dos meias.

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O controle da posse de bola, naturalmente, era do Galo. Mas o contra-ataque rubro-negro estava armado. E tanto que o primeiro lance de perigo foi quando Sidcley era o mais avançado dos atleticanos e sofreu falta, que Galhardo cobrou bem e obrigou Victor a se esforçar pra defender. O sistema implantado por Paulo Autuori impedia que os donos da casa levassem perigo a Santos. E na velocidade o Furacão arriscava, e não fosse o desvio de Fábio Santos teria saído o gol de Lucas Fernandes.

Mas o talento dos donos da casa mudou a história do jogo. Aos 38 minutos, Carlos colocou a bola entre as pernas de Thiago Heleno, e o zagueiro deixou o braço. Pênalti que Robinho cobrou e converteu. A ótima atuação rubro-negra até o momento sofria um duro golpe.

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Foi preciso voltar ao segundo tempo para recobrar a estrutura de jogo. E logo no início  André Lima teve a chance de empatar, mas Victor fez ótima defesa. Era um time que marcava na saída de bola, roubava e chegava na cara do goleiro. Mas o empate não vinha. Para dar mais força ofensiva, Paulo Autuori apostou em Yago e Juninho nos lugares de Marcos Guilherme e Rafael Galhardo.

A última cartada foi a entrada de Luciano Cabral em lugar de Matheus Rossetto. O Atlético se abriu definitivamente. Rondava a área do Galo, que tinha colocado três volantes no jogo (não fosse assim, não seria Marcelo Oliveira), mas não conseguia finalizar. O objetivo principal era fazer a bola chegar a André Lima, mas ele foi pouco acionado na partida inteira. Numa cabeçada de Thiago Heleno, Victor fez um milagre. Mas o último lance rubro-negro, com Yago aparecendo na frente do gol e chutando para fora, decidiu o jogo. Não era uma manhã paranaense em Belo Horizonte.

Ficha técnica

BRASILEIRÃO
2º Turno – 21ª Rodada

ATLÉTICO-MG 1×0 ATLÉTICO

Atlético-MG
Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Ronaldo e Fábio Santos; Leandro Donizete, Lucas Cândido, Carlos (Otero), Maicosuel (Yago) e Robinho (Clayton); Lucas Pratto.
Técnico: Marcelo Oliveira

Atlético
Santos; Marcão, Thiago Heleno e Wanderson; Rafael Galhardo (Juninho), Renan Paulino, Matheus Rossetto (Luciano Cabral), Marcos Guilherme (Yago) e Sidcley; Lucas Fernandes e André Lima.
Técnico: Paulo Autuori

Local: Independência (Belo Horizonte-MG)
Árbitro: Braulio da Silva Machado (SC)
Assistentes: Neuza Inês Back (Fifa-SC) e Alex dos Santos (SC)
Gols: Robinho 39 do 1º
Cartões amarelos: Thiago Heleno, Sidcley (CAP)
Renda: R$ 836.175,00
Público total: 17.503