A culpa é de quem?

Adiamento de jogo pode prejudicar o Atlético

Foto: Imagem ilustrativa (Pixabay).

Para alguns, azar. Para outros, apenas o resultado das condições meteorológicas. O duelo entre o Atlético e a Chapecoense, que aconteceria na última quarta-feira, precisou ser adiado devido às fortes neblinas na cidade do oeste catarinense. A nova data divulgada pela Confederação Brasileira de futebol (CBF) para o confronto será dia 13 de setembro, na Arená Condá, o mesmo local já estipulado. O vai e vem da delegação atleticana, que tentou chegar até o destino de avião, resultou em consequências que podem atrapalhar o Rubro-Negro em outros compromissos. O curioso sobre o adiamento é que pela segunda vez na história do Campeonato Brasileiro um embate entre as duas equipes precisou ser reagendado pelo mau tempo.

Em junho de 2016, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro, também na Arena Condá, os times chegaram a jogar todo o primeiro tempo, mas, na volta do intervalo, a visibilidade por conta da ‘névoa‘ ficou comprometida. O árbitro do jogo, Francisco Carlos do Nascimento, conversou com os jogadores e optou por esperar 30 minutos. Como o tempo não melhorou, o restante do duelo foi transferido para o dia seguinte, às 15h. Recomeçando com 1 minuto na segunda etapa, o confronto acabou sem gols.

Desta vez, o Furacão sequer desembarcou em Chapecó. Depois de várias idas, vindas e tentativas de chegar ao destino, o jogo foi cancelado. A dificuldade em chegar à Santa Catarina começou dias antes da suspensão da partida. Já sabendo da complexidade do acesso aéreo até Chapecó (não há voo comercial direto saindo de Curitiba), o Atlético preferiu fretar um avião particular para não precisar fazer escalas. Porém, por conta do mau tempo, a aeronave não pôde pousar. O avião, da companhia Sideral, não tinha homologação para operar por instrumento RNAV, uma espécie de sistema que usa GPS de alta precisão. O sistema é fundamental quando há casos de falta de visibilidade para pousos e decolagens. Houve, então, uma tentativa de desembarque em Passo Fundo (RS), que fica a 180 quilômetros de distância de Chapecó, mas o aeroporto do outro município também não oferecia condições de operação somente com o VOR/DME, que é utilizado pela Sideral. Foram feitas três tentativas de aterrissagem, o avião chegou a arremeter e a decisão foi retornar para Curitiba. Foi remarcado um voo para quarta-feira pela manhã, mas considerando que as condições em Chapecó se mantinham, a viagem foi definitivamente cancelada.

Versões

Na tarde de ontem, a companhia aérea Sideral enviou um documento à CBF explicando a sua versão sobre o ocorrido. Segundo explicações, as condições meteorológicas impediram o pouso da aeronave na terça-feira (21), como inicialmente havia sido planejado, e que por conta da condições metereológicas degragadas, seria necessário o uso do auxílio de navegação VOR/DME, não oferecido pelo aeroporto de Chapecó por estar inoperante. A companhia também divulgou que a aeronave PR-SDW está com todas as licenças em dia e ‘encontra-se totalmente segura para o referido voo‘.

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Por outro lado, a administração do aeroporto de Chapecó – gerido pela Prefeitura do Município -, diz que era possível realizar o pouso, desde que a aeronave estivesse habilitada pelo sistema RNAV, o mais moderno disponível, e que não é utilizado pela Sideral. O gerente operacional tráfego do aeroporto de Chapecó, Dauni Ricardo de Lima, comentou que, inclusive, outras aeronaves pousaram no local sem problemas.

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“Alguns minutos antes da aeronave da Sideral chegar a Chepecó, houve uma aterrisagem da Avianca e logo depois da Azul. Elas tiveram o pouso autorizado por terem homologação no sistema RNAV”, explicou.

Sequência

A nova data do jogo entre os times pode trazer problemas para o Rubro-Negro. Isso porque o Furacão tem compromissos importantes em dias próximos ao que foi definido. No dia 10, segunda, o Furacão encara o Atlético-MG, em Belo Horizonte. No dia 13, quarta, coloca em dia a rodada que ficou para trás contra a Chape. No domingo, 16, é a vez de receber o Fluminense na Baixada. Todos esses jogos são válidos pelo Brasileirão. Na sequência, no dia 19, quarta-feira, disputará o jogo de ida das oitavas de final da Sul-Americana na Venezuela. O duelo será contra o Caracas, no estádio Olimpico De La Ucv. Antes, o Furacão teria uma semana cheia para se preparara para acompetição continental, mas agora terá uma sequência dura de jogos que podem influenciar no rendimento.

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