Uma reviravolta tirou o goleiro titular do Atlético da próxima partida da equipe no Campeonato Brasileiro. No julgamento do recurso do “caso do celular”, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva puniu Santos e o clube, mudando a decisão da quinta comissão disciplinar, que havia absolvido o camisa 1 rubro-negro. Com a decisão, que não tem recurso, Santos está fora da partida do domingo (29), às 16h, contra o Vitória, na Arena da Baixada.
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Foi a Procuradoria do STJD quem pediu novo julgamento do caso. A situação aconteceu no dia 13 de maio, na partida contra o Atlético-MG. Poucos instantes antes do início do jogo, Santos pegou um celular e ficou com ele até a hora em que o árbitro Luiz Flávio de Oliveira autorizou o começo do confronto. No dia seguinte, a diretoria do Atlético anunciou que tudo era uma campanha de marketing, feita em parceria com um dos patrocinadores do clube. Em entrevista coletiva, o vice-presidente Márcio Lara confirmou que não havia pedido autorização da CBF. “O Atlético é conhecido como o clube que quebra paradigmas. Então, foi escolhido para se engajar nessa campanha, demonstrando toda a coragem. Logicamente, tudo foi planejado. Não foi pedido autorização justamente para que essa campanha tivesse um resultado efetivo. Como era uma campanha de conscientização, acreditamos que não precisaria autorização”, afirmou o cartola.
No primeiro julgamento, Santos passou ileso e o Furacão foi apenas advertido. Nesta quinta-feira (26), no entanto, a história foi diferente. Os auditores do STJD fizeram fortes críticas ao clube. “A empresa contratante e o clube com certeza firmaram um contrato de valor relevante. A campanha alcançou uma publicidade em nível nacional e o atleta não pode dizer que não tinha conhecimento”, disse o vice-presidente do tribunal, Otávio Noronha. O presidente Paulo César Salomão Filho também atirou. “Me parece um absurdo completo ao campeonato o que foi feito pelo Atlético. O precedente é perigosíssimo”.
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Por maioria de votos, foi dada a punição de um jogo a Santos, além de multa de R$ 50 mil ao Atlético. “O que a campanha ganhou é imensurável. Acho que R$ 50 mil está barato”, disse Salomão Filho. “A campanha teve relevância e repercussão justamente pela postura do clube em não divulgar. Esse é o contexto do que estava em jogo e o que se buscava atingir”, defendeu Marcelo Mendes, advogado rubro-negro.