Bem mais realista do que o presidente do Conselho Deliberativo, Mário Celso Petraglia, que prometeu fazer do Atlético campeão do mundo em dez anos, o diretor de futebol atleticano, Paulo Carneiro, na sua primeira entrevista coletiva concedida desde que chegou ao clube, no ano passado, afirmou que o Furacão formou um time para ser campeão brasileiro deste ano. Para tirar esse sonho do papel e dar alegrias ao torcedor rubro-negro, a diretoria do clube mudou sua postura e, na primeira semana de janeiro, está com seu elenco praticamente fechado.

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“Acho que temos time para ser campeão brasileiro. Basta que vocês, analistas, façam uma comparação jogador por jogador, posição por posição com os outros times. Não devemos nada para ninguém. Agora, conquistar uma competição de pontos corridos, principalmente o Campeonato Brasileiro, não é uma tarefa fácil”, pontuou o dirigente atleticano.

Paulo Carneiro ressaltou que o primeiro passo para a conquista do Campeonato Brasileiro é o equilíbrio financeiro que o clube precisa ter com relação aos outros clubes do futebol brasileiro. “Há um equilíbrio técnico muito grande no Campeonato Brasileiro e as condições financeiras também pesam muito. O clube está caminhando para ter um dos maiores orçamentos do futebol do Brasil. Quando tiver entre os cinco maiores, aí com certeza o Atlético vai, a cada três ou quatro anos, beliscar um, dois e até três títulos, sem dúvidas”, detalhou Carneiro, que ressaltou o poder de formação do clube nas suas categorias de base.

“Com esse desequilíbrio financeiro, o Atlético consegue compensar na sua formação. Até começar o Campeonato Brasileiro, quem conhecia o Otávio e o Hernani? Hoje o mundo conhece Otávio e Hernani”, acrescentou.

Ousadia

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A nova política do clube, pelo menos na teoria, parece estar no caminho certo para tornar esse ambicioso plano em realidade. Com o time praticamente montado, Paulo Carneiro afirmou que este foi um erro cometido nos últimos anos. “Tem que começar a temporada com o time para temporada. Ano passado iniciamos assim, mas por uma série de situações não começamos o Estadual e isso deu uma mexida. Identificamos isso e corrigimos o rumo esse ano, colocando o time principal no Estadual. A diretoria sabiamente corrigiu esse rumo. A fome de ganhar já começa em janeiro e não em maio”, concluiu o dirigente.

Defesa com experiência

Um dia depois de iniciar a sua pré-temporada, o Atlético abriu pela primeira vez o CT do Caju para a imprensa em 2016 e apresentou seus dois novos zagueiros para a temporada. Thiago Heleno e Paulo André vão dar mais experiência ao setor defensivo atleticano. Além disso, o clube quebrou o protocolo e “apresentou” o zagueiro Léo Pereira, destaque da base e que, em 2015, jogou a Série C do Brasileiro pelo Guaratinguetá. O ex-zagueiro atleticano Gustavo, campeão brasileiro de 2001, foi o responsável por entregar as camisas oficiais aos novos reforços do clube.

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Paulo André afirmou que está realizando um sonho por poder defender mais uma vez as cores do Furacão. “Escrevi um livro em 2012 e no capítulo do Atlético eu prometi a mim mesmo que voltaria ao clube e hoje estou realizando esse sonho, pois é um clube importante para mim e que foi fundamental para a minha carreira. Sou muito grato ao clube e a torcida pelo tempo que passei aqui e espero, agora, retribuir com muita garra e determinação. O Atlético hoje está muito maior do que naquela época”, declarou o defensor de 32 anos.

Apesar da campanha ruim do Figueirense, Thiago Heleno deve brigar forte por uma posição de titular. O jogador acredita qu,e a briga por uma vaga entre os titulares será saudável e importante para o Atlético durante as competições. “Vai jogar quem estiver melhor. Respeito o espaço de cada um e será o melhor para o Atlético, para a gente estar brigando na ponta das competições e também por títulos. Estou muito feliz de poder defender o Atlético e vou fazer isso da melhor forma possível”, acrescentou.