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Autuori vai manter rodízio e jogadores defendem ideia

Mais uma vez o técnico Paulo Autuori, dando sequência ao seu rodízio, mexeu na equipe do Atlético na derrota por 3×2 para a Ponte Preta, na última quarta-feira (15), no Moisés Lucarelli. Desta vez, o volante Otávio e o meia-atacante Ewandro foram poupados, dando lugar a Hernani e Walter, respectivamente. Além deles, outra novidade foi o zagueiro Paulo André, que substituiu Thiago Heleno, machucado.

Diante das alterações, ao ser questionado se isso interferiu no resultado final em Campinas, o treinador foi enfático. “A mudança não tem nada a ver. Você vai analisar o jogo pelos gols que sofremos. O que tem a ver esses jogadores? Os jogadores que entraram têm maturidade individual. A equipe, como um todo, não tem. Mas a questão não é essa. É a maneira como sofremos os gols”, afirmou ele.

O comandante atleticano desde que chegou ao clube, no início de março, vem mudando jogo após jogo a formação titular do Furacão. A proposta é dar o mesmo ritmo a todos os jogadores do elenco e evitar um desgaste físico maior a alguém específico, podendo se tornar uma lesão e, consequentemente, um desfalque a longo prazo.

Uma ideia que não é bem trabalhada no futebol brasileiro, mas que Autuori garante que no Rubro-Negro vem sendo bem aceita pelo elenco.
“Todos eles querem jogar, é lógico, mas uma coisa é poder jogar dentro das melhores condições e a outra é entrar administrando. Dentro desta ideia eles sabem disso, é uma coisa já consolidada dentro do trabalho”, acrescentou o técnico.

Um dos mais experientes do elenco, o zagueiro Paulo André reforçou as palavras do treinador e criticou tanto aqueles que estão reclamando deste rodízio, quanto do calendário brasileiro, que obriga que os jogadres sejam preservados.

“De uma maneira geral queremos imitar a Europa, falamos que é legal fazer o que eles fazem, mas quando propomos o rodízio, a troca de jogadores e falamos que trocar um pelo outro não muda tanto, quando perdemos somos criticados. Temos que ter um pouco mais de serenidade na análise. É impossível jogar 38 jogos no Brasil com essa sequência estúpida. Vai machucar. Tem que refrescar, trocar o jogador. Se está treinando bem, em alto nível, não sente falta de ritmo”, afirmou o defensor.

O zagueiro ainda destacou que a derrota para a Ponte Preta ocorreu por falhas do time, que não estava em uma noite inspirada, independentemente de quem estava em campo.

“Pecamos nos detalhes, falhamos por falta de iniciativa, de atitude, vontade de chegar mais perto do gol. Temos algumas deficiências, um elenco que não é tão numeroso e que precisa jogar no máximo da sua capacidade para conseguir as vitórias. E quando não estamos em um bom dia ficamos mais perto de perder”, acrescentou, ele que vê um Atlético mais forte para o compromisso com o Santos, sábado (18), às 18h, na Arena da Baixada.

“O Otávio vem fresco, o Ewandro, o Eduardo talvez, o Thiago se voltar. Aí são quatro jogadores, quase 40% da equipe voltando em boas condições. Isso ajuda para manter a intensidade”, completou.

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