Esta terça-feira (18) é o dia D para o Atlético. Logo mais, a diretoria do Furacão irá se reunir com Paulo Autuori e tentará convencer o gestor de futebol a voltar ao clube, isto pouco mais de uma semana depois de ele ter pedido demissão, o que deixou o presidente do Conselho Deliberativo, Mario Celso Petraglia, inconformado.
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Desde então, o Rubro-Negro vem conversando com Autuori na tentativa de que ele mude de ideia. Os elogios mútuos entre os dois lados dão indícios de que o retorno acontecerá, mas o agora dirigente admitiu que tem propostas do exterior para voltar a ser treinador. Além disso, o Goiás cogita contratá-lo junto com Eduardo Baptista.
Independentemente do desfecho, a conversa terá que ser muito convincente. Principalmente pelo fato de que uma volta faria com que Paulo Autuori abrisse mão da sua palavra, principal argumento dado por ele para deixar o Atlético na semana passada.
Quando o técnico Eduardo Baptista foi anunciado, no dia 23 de maio, o ex-treinador garantiu que quando o novo comandante fosse embora, ele iria junto, por qualquer motivo que fosse. Cumpriu o que foi dito e a volta acabaria pesando muito na ‘ética’ que ele tanto prega. Por mais que tenha todo o direito de mudar de ideia, Autuori teria que arcar com críticas, principalmente dos torcedores. Um motivo, dentro dos princípios dele, para recusar o convite.
Outro ponto em questão seria a desconfiança que ele traria, por já ter abandonado o barco uma vez. A diretoria deve exigir alguma garantia de que o dirigente se mantenha no cargo, independentemente de trocas no comando técnico ou outras determinações do clube, que podem ir de encontro ao pensamento de Autuori.
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Por outro lado, o gestor é muito bem quisto por todos dentro do clube, entre funcionários, dirigentes e jogadores, que também lamentaram sua saída. O bom ambiente e a vontade de estar ali seriam motivos de sobra para, dependendo do que Petraglia e companhia falarem, convencerem o dirigente.
“O Atlético é um clube de altíssimo nível, em termos de gestão considero o Petraglia um dirigente de tirar o chapéu. Em termos de gestão é espetacular, não só em infraestrutura, mas com organização, metodologia e te dá todas as condições (de trabalho). Eu estava lá com muita satisfação, alegria e pasava o dia todo lá”, disse o gestor, em entrevista à Fox Sports, no último sábado.
Além disso, certamente Autuori fará mais exigências para acertar esta volta. Com isso, pode ganhar mais autonomia e independência, impondo mais ainda sua metodologia de trabalho.
Sem falar que, desta forma, ele poderia voltar a trabalhar com Fabiano Soares, novo técnico atleticano. Os dois já se conhecem de longa data. Em 2001, Fabiano ainda jogador foi comandando por Autuori no Botafogo. Inclusive, o treinador já vinha sendo elogiado pelo gestor, o que facilitaria o convívio e a filosofia dos dois.
Situações que serão pesadas pelos dois lados na reunião. De qualquer forma, a expectativa do Furacão é grande. Nunca o clube havia divulgado nota oficial para confirmar uma negociação ou ter citado um ex-membro atleticano nas redes sociais. Resta saber o que será determinante para Paulo Autuori.