Após o empate em 2×2 da garotada atleticana contra o PSTC, neste sábado (4) na Arena, em partida válida pelo Campeonato Paranaense, o técnico Paulo Autuori fez questão de cumprimentar um a um os jogadores. Assim como nas participações anteriores na Libertadores, o comando técnico optou em dar oportunidade aos jovens talentos do clube na disputa do Estadual. Na última rodada, apenas Weverton, Léo e Nikão, considerados titulares, participaram do confronto.
Saiba como foi o empate entre Atlético e PSTC!
Para o quem não conhece tanto da história do clube, foi em 2000, ano da primeira participação do Atlético na competição internacional, que o time alternativo, repleto de jogadores recém-saídos das categorias de base, ganhou o apelido carinhoso de Ventania, já que era uma versão bem mais jovem do time principal. Não precisa ser especialista em meteorologia para saber que, assim como um furacão, uma ventania também pode causar estragos.
Naquele 2000, Oswaldo Alvarez se dividia para comandar os dois times – o do Paranaense tinha Cocito, Kléberson, Adauto e Alexandre Oliveira, liderados pelo veterano Silas. Por sinal, esse time foi campeão paranaense. Isso se repetiu em todos os anos de Libertadores, incluindo em 2005, quando o Ventania teve que encarar o início do Brasileiro, sofrendo com derrotas até vencer o Coritiba e aí arrancar na competição, enquanto o Furacão seguia até a final da Libertadores. Chico, Evandro, Alex Fraga e Vinícius apareceram no Ventania de 2007, nesse ano até com técnico reserva, Ivo Secchi. O último time B usado em ano de Libertadores foi o de 2014, quando surgiram no Paranaense Sidcley, Marcos Guilherme, Douglas Coutinho e principalmente Otávio. Em resumo, o Ventania é um manancial de qualidade para o Furacão. Só não entende quem não quer.
No caso específico desta edição do Estadual, no entanto, a garotada ainda dá mostra que carece de um pouco mais de entrosamento para causar estrago nos adversários. Ainda falta que aquele passe final, que possa definir as jogadas, aconteça com mais fluidez. O comandante, no entanto, não parece preocupado com a vitória que ainda não veio. Nos dois primeiros jogos foram dois empates: 1×1 contra o Rio Branco e 2×2 contra o PSTC.
“Não estou minimamente preocupado com resultado neste momento. O que queremos é expor estes jogadores para que tenham oportunidade. Precisamos prepará-los e nada melhor que um jogo”, disse logo depois da partida. Para o treinador, o que vale é poder observar atletas que, dentro em breve, podem fazer parte do time principal, como o meia Matheus Anjos, que marcou dois gols em dois jogos. “Coisas boas em termos individuais estão surgindo”, garantiu Autuori, preferindo não citar nomes.
Contra o PSTC, o time conseguiu, inicialmente, neutralizar a estratégia de contra-ataque do adversário e saiu na frente. Mas o time procopense aproveitou as duas oportunidades mais agudas que teve para marcar dois. Já no finalzinho do jogo, Matheus Anjos bateu com confiança o pênalti que assegurou o empate.
“Sou um cara do menos para mais. Esta disputa está sendo um aprendizado. Nos erros e nos acertos, vamos trabalhando sem alarde para atingir os objetivos. Neste momento, a gente precisa trabalhar”, afirmou o treinador.
Se para o time com média de idade que gira em torno de 22 anos está sendo um exercício, o mesmo acontece para o auxiliar-técnico Bruno Pivetti, homem de confiança de Autuori. Contra o PSTC, enquanto o treinador ficava no banco, era Pivetti quem passava as instruções aos jogadores, dando mostras que, de fato, está sendo moldado para assumir o comando quando Autuori passar a se dedicar a funções administrativas do futebol rubro-negro.
“Trabalhamos juntos, planejando e organizando. Isso (quem fala diretamente com os atletas) é irrelevante”, disparou o treinador, que junto com a equipe principal segue viagem para a Colômbia neste domingo (5), onde o time enfrenta o Millonarios na partida de volta pela Libertadores da América. O compromisso está agendando para 21h45 desta quarta-feira (8).
