O Atlético encerrou seu período de pré-temporada na Espanha ontem ao empatar por 2×2 com o Krasnodar, da Rússia, no Marbella Football Center. Esse foi o nono jogo desde a chegada no dia 24 de janeiro, com o Furacão ganhando apenas dois deles.
Pelo terceiro ano consecutivo, o Atlético utilizou sua inovação de deixar o time Sub-23 disputando o Campeonato Paranaense, enquanto o elenco principal viajava pela Europa disputando torneios e amistosos. Se em 2013 deu muito certo com classificação para a Libertadores pelo terceiro lugar no Campeonato Brasileiro e a final (perdida) da Copa do Brasil, o ano passado já não teve êxito, tendo feito uma campanha apenas razoável na Séria A.
Agora, em 2015, ainda tem muito o que arrumar. Sem contratações de peso, o Furacão promete investir no futebol somente no segundo semestre. Pelo menos isso é o que garante o presidente Mario Celso Petraglia, apesar da desconfiança dos torcedores.
Durante os 26 dias de pré-temporada na Europa, o time disputou nove jogos entre dois torneios (Casino Marbella Cup e Marbella Cup) e três amistosos. No total foram duas vitórias, cinco empates e duas derrotas, com nove gols pró e dez sofridos.
Melhores
O atacante Cléo fez quatro gols, sendo dois no último teste nesta quarta-feira e foi o grande destaque do período. Edigar Junio, que retornou do Joinville, também surpreendeu. Outro atleta que chamou a atenção, além da regularidade do zagueiro experiente Gustavo, foi o meio-campista Bady. Com boa movimentação e três gols na Espanha, o atleta mostra que pode voltar a mostrar o bom futebol apresentado pelo São Bernardo, que chamou a atenção dos dirigentes atleticanos. Porém, para isso, precisa de um suporte na criação de jogadas com alguma contratação pontual ou Marcos Guilherme aberto pela ponta.
Piores
Por outro lado, o poder de marcação do time comandado por Claudinei Oliveira ainda é fraco. Tanto Cleberson quanto os volantes Deivid e Hernani (ou Otávio) tiveram dificuldades neste início de ano e bateram cabeça nas partidas. Apesar dos alas Daniel Borges e Natanael demonstrarem bom apoio, a cobertura de ambos sofreu problemas. Os atacantes Dellatorre e Douglas Coutinho, tecnicamente, também foram destaques negativos.
Algo que o treinador, que pouco variou a formação tática e demorou para fazer substituições, promete ajeitar daqui para frente. “O grupo se conhece bem mais e os jogadores novos foram bem acolhidos. Não podemos perder essa competitividade que alcançamos aqui. Quando todo mundo se ajuda, é difícil ganhar do Atlético”, analisa.
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Atlético reage contra russos
No último teste na Espanha, o Atlético ficou no 2×2 com o Krasnodar. Após sair perdendo para o time russo com dois gols marcados por brasileiros, Wanderson e Ari (este ex-jogador do Bahia), o Furacão conseguiu reagir e empatar com dois gols de Cléo.
O confronto mostrou que, mesmo sem Marcelo Cirino (que se transferiu para o Flamengo), o Atlético deve continuar apostando nas jogadas de velocidade pelo lado do campo. Foram através dos cruzamentos dos dois laterais, Daniel Borges e Natanael, que saíram os gols rubro-negros.
Mas o time voltou a repetir problemas defensivos, principalmente no lado esquerdo para fazer a cobertura do Natanael. Para o técnico Claudinei Oliveira, foi a melhor das nove partidas do Furacão na Espanha. “Sempre queremos vencer, mas enfrentamos um adversário muito qualificado. Conversando com o treinador deles, ao final do jogo, ele também avaliou como o melhor que tiveram aqui”, analisou Claudinei Oliveira.
Para o comandante atleticano, a dedicação rubro-negra neste amistoso foi importante. “Estou feliz por a equipe ter saído atrás e cons,eguido empatar, mesmo jogando contra um bom time. Quando todo mundo se ajuda, é difícil ganhar do Atlético’, disse.
