A classificação para a final do Campeonato Paranaense foi muito comemorada pelo Atlético após vencer o Londrina nos pênaltis, como não poderia ser diferente. Mas, disputar a decisão do Estadual contra o Coritiba acarretou em um problema que vem sendo muito criticado pelo Furacão: o calendário apertado.
Até o começo de junho, o Rubro-Negro terá pela frente 12 jogos em um intervalo de 41 dias. Com compromissos pelo Estadual, Libertadores, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro, o time atleticano terá que se desdobrar, pois terá pouco tempo para treinar entre um duelo e outro, normalmente marcados para as quartas-feiras e aos domingos.
O lado positivo da maratona é que poucos confrontos serão longe de Curitiba. No total, o Atlético fará oito partidas na capital paranaense, sendo seis na Arena da Baixada e duas no Couto Pereira, onde será realizada a grande final do Paranaense e depois o primeiro clássico do Campeonato Brasileiro. Entre as partidas em casa, além da ida da decisão, o Furacão pega o Flamengo e o San Lorenzo, pela Libertadores, Grêmio e Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro e o Santa Cruz, pela Copa do Brasil.
Porém, das outras quatro partidas como visitante, três serão em viagens longas. Primeiro, pela Copa do Brasil, o Atlético pega o Santa Cruz, dia 10 de maio, em Recife, que fica a 3.100km de distância de Curitiba. Quatro dias depois estreia no Campeonato Brasileiro contra o Bahia, em Salvador. Pela logística, a delegação deve permanecer no Nordeste, para ter mais tempo para treinar.
Só que o problema maior vem depois. No dia 17, apenas três dias após jogar na Bahia, o Furacão já tem outro longo trajeto, rumo a Santiago, no Chile, para pegar a Universidad Católica, no último compromisso pela fase de grupos da Libertadores. Se o time voltar de Salvador para Curitiba, serão 2.420km e mais 2.850km rumo à capital chilena, isso em um intervalo de três dias. Caso saia direto de Salvador para Santiago, a distância total será quase a mesma (5.100km), mas com menos escalas e, consequentemente, mais tempo para se preparar.
Depois, terá a semana mais ‘tranquila’ desta maratona, com três jogos consecutivos como mandante, sendo dois pelo Brasileirão, nos dias 21 e 28, contra Grêmio e Flamengo, respectivamente, quando terá uma semana inteira para treinar, e depois disputará a vaga nas quartas de final da Copa do Brasil contra o Santa Cruz. Na sequência, mais dois jogos fora, mas menos desgastantes, pois pega o Coxa no Couto, num sábado, dia 3 de junho, e depois encara o Fluminense, no Rio de Janeiro, na terça-feira seguinte, dia 6.
Mas no período mais cansativo, se considerar que o jogo contra o Coritiba, embora seja em Curitiba, não será em casa, o Rubro-Negro ficará 18 dias sem atuar na Arena da Baixada. Justamente em um momento decisivo da temporada, onde decidirá o título estadual e praticamente o que acontecerá com o time na Libertadores. Mais uma vez uma oportunidade para mostrar que o elenco atleticano pode dar conta dos duelos.
“Fica claro que temos um grupo forte, independente de ser os jogadores mais velhos ou os mais jovens. Nossos jogadores tem cultura tática e conseguem exercer as funções em pouco tempo de treino. Sempre vamos ter equipes competitivas em campo”, disse o auxiliar-técnico Bruno Pivetti.