Campo dos sonhos

Atlético tenta escrever sua história no Maracanã

O Maracanã segue sendo imponente e apaixonante. E o Atlético pode viver um grande momento esta noite no “maior do mundo”. Foto: Albari Rosa

Rio de Janeiro – Não adianta. Qualquer que seja o jogo, qualquer que seja o momento. Pode ser até uma simples passeada pelo gramado. O coração bate diferente. É o Maracanã. É o palco maior do futebol brasileiro. Por mais que não seja aquele Maraca, é ainda um lugar diferente. E é esse lugar que recebe o Atlético às 21h45 desta quarta-feira (28), para um dos jogos mais importantes de sua história recente. Não haveria um estádio melhor para carimbar a vaga na final da Copa Sul-Americana.

Há um clima de expectativa entre os atleticanos. É natural. Desde os jogadores até os torcedores – estes chegando desde segunda-feira ao Rio, saindo de Curitiba com a camisa rubro-negra -, todos estão muito ansiosos para a partida contra o Fluminense, para quem sabe emplacar a segunda final internacional da história do Furacão. Até por isso a descontração típica dos garotos que formam a base do elenco está mais contida. Não é aquele embalo quase eufórico de outras viagens. Há muita seriedade. O ambiente é tranquilo, mas de forte concentração. Tem muita coisa em jogo.

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Além disso, há uma cautela reforçada. Por mais que o Flu viva um mau momento, o Atlético já sabe que não adianta muito ter a vantagem se ela não é confirmada dentro de campo. Na fase anterior da Sul-Americana, o Rubro-Negro conseguiu uma façanha, vencer o Bahia em Salvador. Decidiria em casa. E viu um adversário ser melhor na Arena da Baixada, vencer a partida, levar a decisão para os pênaltis e só ser derrotado pela presença decisiva de Santos nas cobranças.

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Por isso, o 2×0 do jogo de ida, em Curitiba, fica guardado. Pode ser usado quando for necessário, mas não vai influenciar na montagem do time pelo técnico Tiago Nunes, ou pela postura da equipe diante dos cariocas. Em vez de pensar na dificuldade ofensiva do Fluminense, que não marca há sete partidas, o Atlético pensa na sua força de ataque, tendo marcado gols nos últimos sete jogos. E um gol aumenta – aí sim – a vantagem rubro-negra. Jogar com inteligência não vai significar jogar se defendendo.

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Há a preocupação com o gramado. Que por sinal dividiu as opiniões. Para Bruno Guimarães e Bergson, por exemplo, está tudo tranquilo. Para o lateral Jonathan, o piso do Maracanã está “horrível”. Tiago Nunes brincou dizendo que quer “jogar só de um lado”, onde não há tantas irregularidades. E Renan Lodi nem se esquentou, disse que está tudo bem. Na média, o campo está em condições bem melhores do que nos últimos jogos de Flu e de Flamengo.

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Além do mais, é o Maracanã. Que ainda atrai os olhares na chegada, quando se passa pela Estátua do Bellini (e onde os torcedores tricolores faziam fila para comprar ingressos). Que continua gigante, principalmente quando se tem que cruzá-lo de uma ponta a outra para chegar ao portão certo. E que, quando se entra, se revive uma história de glórias do futebol brasileiro. É nesse palco gigante que o Atlético entra, daqui a pouco, querendo escrever mais um capítulo da sua história.

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