Enquanto o Atlético estuda nomes e não define o técnico que comandará o clube na reta final do Campeonato Brasileiro e na fase decisiva da Copa Sul-Americana, após a demissão de Milton Mendes, o português Sérgio Vieira, que junto com alguns jogadores do time sub-23 atleticano a serviço do Guaratinguetá na disputa da Série C, vai treinar o Furacão interinamente e comandar a equipe no duelo decisivo de amanhã, contra o Brasília, às 22h, no Mané Garrincha, valendo uma vaga nas quartas de final do torneio internacional. Marcelo Vilhena será o seu auxiliar neste compromisso.
Enquanto isso, nos bastidores, a diretoria atleticana estuda nomes que possam substituir o técnico Milton Mendes na sequência da temporada. A escolha, a exemplo do que já vem acontecendo, deverá acontecer em conjunto com dados coletados junto ao Departamento de Inteligência de Futebol (DIF) do clube.
O primeiro nome sondado pela diretoria do Atlético foi o de Ricardinho. Sem grandes experiências na sua carreira como treinador, que foi iniciada em 2012, no Paraná Clube, o ídolo paranista teve passagens curtas por Ceará, Avaí e por último no Santa Cruz, onde foi demitido em junho deste ano depois de uma sequência de resultados ruins na Série B do Campeonato Brasileiro.
Outros nomes também surgiram. O técnico Vinicius Eutrópio, que tem um bom relacionamento com o presidente Mário Celso Petraglia, também é especulado. Marquinhos Santos, que deixou o Coritiba no início do Campeonato Brasileiro, é outra opção que a diretoria atleticana trabalha.
Um dia depois de ser demitido do Paraná Clube, o técnico Fernando Diniz também é outro nome especulado, mas não é uma das primeiras opções da diretoria atleticana (ver página 26).
Mais um
Além do técnico Milton Mendes, a diretoria do Atlético confirmou também a saída do auxiliar técnico Ednelson. O ex-jogador do Paraná Clube, que chegou ao clube em abril, juntamente com o ex-treinador rubro-negro, teve passagens pela Ferroviária-SP, que é um dos clubes parceiros do Furacão.
Oposição se cala
A troca de treinador no Atlético pode virar tema político no clube. A escolha do substituto de Milton Mendes no cargo deve ser definida pelo presidente Mário Celso Petraglia, mas pode refletir diretamente no novo mandatário do clube, uma vez que no final do ano ocorrem as eleições presidenciais.
Possível nome de oposição, Henrique Gaede preferiu despistar sobre o assunto e diz estar preocupado primeiramente na manutenção do Furacão na Série A. “Não quero conversar antes do Atlético chegar aos 47 pontos. A ideia é não influenciar no aspecto negativo”, explicou ele, referindo-se à pontuação que garante o time na elite do Brasileirão. Restando dez rodadas para o fim da competição, o Furacão tem 38 pontos.
Contratos
Gaede argumentou ainda que os contratos dos últimos treinadores normalmente são feitos sem multas rescisórias. Se isso ocorrer novamente, o tempo de contrato acabaria sendo irrelevante e não se transformaria em uma herança da atual diretoria. “Esperamos apenas que o interesse do Atlético seja preservado”, desconversou.
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