Com apenas oito pontos em nove jogos, o Atlético faz uma de suas piores campanhas na história do Paranaense. Até aqui, o Furacão tem apenas duas vitórias, dois empates e cinco derrotas. E só um milagre evita a disputa do vexatório Torneio da Morte.

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Nos últimos quinze anos, é de longe o pior desempenho rubro-negro, com mais derrotas que vitórias. A última vez em que esse cenário aconteceu foi em 1967, quando terminou rebaixado para a segunda divisão. Em 2015, o máximo que os jogadores podem fazer é igualar nas últimas duas rodadas.

Ano passado, por exemplo, os triunfos e reveses foram iguais: em 15 partidas, o Rubro-Negro venceu seis, empatou três e perdeu outras seis. Já em 2006, no último título do rival Paraná, o Atlético foi eliminado nas quartas de final para a vice-campeão Adap, em plena Arena. Na ocasião, o Furacão conquistou oito vitórias, além de quatro igualdades e quatro derrotas.

Mas nada comparado ao momento atual. A equipe comandada por Marcelo Vilhena, em cinco jogos, tinha perdido duas partidas, contra o Rio Branco e no clássico contra o Coritiba, no último jogo do sub-23. Ainda venceu, antes, dois jogos (Paraná e Prudentópolis) e empatou um (Cascavel).

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Após começar com o sub-23, como estava fazendo desde 2013, a diretoria do Furacão decidiu colocar o elenco principal a partir da sexta rodada. O time, que realizou pré-temporada na Espanha novamente, não fez o esperado e piorou a campanha dos meninos do CT do Caju. As três derrotas (Foz, Operário e Maringá) e um empate (J. Malucelli) custaram o cargo do técnico Claudinei Oliveira.

Agora, com o recém-contratado Enderson Moreira, o Atlético dificilmente escapa do Torneio da Morte. O clube vai ter que torcer contra Cascavel, que faz dois jogos fora (Coritiba e Foz) e tem cinco pontos a mais. Maringá e Paraná, sétimo e sexto, com 14 pontos, respectivamente, teriam que perder as duas partidas e o Rubro-Negro ainda tirar o saldo.

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“Acho que, acima de tudo, o Atlético tem que fazer sua parte. Infelizmente, não dependemos mais das nossas forças. Se acontecer, ótimo. Caso contrário, temos que estar preparados para o quadrangular, para que possamos conseguir o maior número de pontos”, disse o novo comandante atleticano.

Passado não traz boas lembranças

Ao olharem o desempenho atual, os torcedores mais antigos do Rubro-Negro remetem a elencos do passado. Em 1967 e 1980, o time atleticano também deu vexames e, em um deles, chegou a ser rebaixado para a Segunda Divisão. Há 48 anos, o Furacão venceu somente três jogos em 22 partidas e terminou o Estadual na lanterna da competição. Ao todo, a equipe empatou outros oito duelos e acabou derrotado em 11 oportunidades, marcando 20 gols e sofrendo 35.

O desastre da queda só não aconteceu de fato pela famosa virada de mesa. Dirigentes de Coritiba, Ferroviário, Água Verde e demais perceberam a perda de valor sem o Furacão disputando a competição e apoiaram a continuidade do Atlético, que ainda “puxou” o Britânia, que ganhou um torneio à parte para o torneio não ter número ímpar no ano seguinte.

Já há 35 anos, o time atleticano teve o mesmo caminho que tende a ter nesta temporada: o Torneio da Morte. Em uma década em que o maior rival, Coritiba, foi hexacampeão do Campeonato Paranaense, o Furacão começou os anos 80 ainda pior.

No ano em que os refletores da antiga Baixada foram inaugurados e o título foi dividido entre Cascavel e Colorado, o Atlético terminou a primeira fase em nono, curiosamente a mesma posição de hoje, e foi obrigado a fugir do descenso. Por incrível que pareça, a campanha de 1980 foi melhor que a atual – seis vitórias, dez empates e três derrotas. Pel,o menos, na disputa contra outros onze times, o time rubro-negro foi o campeão, e se livrou do segundo rebaixamento no Estado.