Que maratona!

Atlético tem 19 jogos nos próximos dois meses, mas não pensa em poupar ninguém

Com tantos jogos, Eduardo Baptista terá pouco tempo pra treinar o time do Atlético. Foto: Jonathan Campos

Desde que assumiu o comando do Atlético, Eduardo Baptista teve pouco tempo para trabalhar. Foram 15 dias de lá pra cá e quatro jogos neste período, todos em um intervalo de dez dias. Para piorar a conta, até 13 de agosto, serão mais 19 partidas, sendo 14 pelo Campeonato Brasileiro, duas pelas quartas de final da Copa do Brasil, contra o Grêmio, e mais duas pelas oitavas de final da Copa Libertadores. Tudo em um período de 63 dias. Uma média de um jogo a cada 3,3 dias.

Uma maratona que só terá um intervalo na metade final de agosto, isso caso o Furacão seja eliminado da Copa do Brasil. Se chegar até às semifinais da competição, o Rubro-Negro só terá ‘folga’ no começo de setembro. Por isso, estes cinco dias entre o empate com o Fluminense, na última terça-feira, e o duelo contra o Santos, no domingo, serão fundamentais para o elenco ter um respiro, uma vez que o treinador já adiantou que, mesmo com essa sequência pesada, não irá poupar ninguém, devido ao começo ruim no Brasileirão.

“A gente tem apenas dois pontos. Não dá pra ficar revezando, descansar. Se tivéssemos oito, nove pontos, faríamos rodízio. Então temos que ir para o sacrifício, arriscar, porque precisamos pontuar. Não podemos ficar pensando nisso. Temos que colocar em campo o que temos de melhor”, destacou o comandante atleticano.

No entanto, o desgaste físico vem sendo usada como motivo pra falta dos resultados. Seguindo o discurso do seu antecessor Paulo Autuori, agora gestor de futebol do clube, Eduardo Baptista a cada coletiva reclama do calendário brasileiro, por conta da sequência de partidas que acabam interferindo no desepenhos dos jogadores, tanto no aspecto físico quanto psicológico.

“Com quatro jogos em dez dias a oscilação é normal. O calendário brasileiro proporciona isso em qualquer time. Essa falta de concentração pode acontecer, os jogadores são humanos. Foram muitos erros de passe, que não costumamos ter, falta de atenção. O exemplo é o lance do Nikão. Se fosse em outro momento do jogo, ele certamente faria”, afirmou o treinador.

O próprio Nikão admitiu que o time não tem conseguido manter o alto nível de intensidade durante os 90 minutos. “É complicado o nosso calendário. Tanta gente já falou. É difícil ter dois jogos por semana. Por mais que você queira dar um ritmo forte, uma intensidade boa, o corpo não responde”, disse o meia.

Confira a tabela completa do Brasileirão!

Além disso, dividido em três competições, o Atlético, embora não queria poupar jogadores, vem perdendo muitos por lesões, justamente por conta da maratona. Jogadores como o lateral-direito Jonathan, os zagueiros Paulo André e Thiago Heleno, os meias Carlos Alberto e Nikão e os atacantes Pablo, Douglas Coutinho e Grafite já ficaram um bom tempo sem jogar, com lesões musculares. Um problema que pode seguir acompanhando o Furacão em meio a tantas partidas.

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