Copa do Brasil

Atlético sofre na defesa e empate em casa vira bom resultado

Fernando Diniz conversa com Felipe Gedoz. A alteração dessa vez não surtiu efeito. Foto: Albari Rosa

Ficou tudo para Fortaleza. Jogando com um a menos desde os 23 minutos do primeiro tempo, o Atlético ficou no empate em 0x0 nesta quarta-feira (28) com o Ceará, no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. A atuação foi novamente abaixo do esperado, mas o resultado pelo menos manteve a disputa aberta para o jogo da volta, no dia 15, no Castelão. E novamente a ousada estratégia de jogo do técnico Fernando Diniz deixou o Furacão em dificuldades.

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O Atlético começou o jogo com uma alteração. Lesionado, Paulo André era desfalque, e Pavez foi escalado. Era um plano do treinador desde o início da temporada, mas o chileno não tem interesse em ser zagueiro, e sim volante. Só que com Raphael Veiga, Matheus Rossetto e agora Camacho, o espaço ficou restrito, e jogar na defesa virou uma opção razoável. A estrutura de jogo, claro, não mudou. O plano era pressionar, ter o controle quase total da posse de bola e tentar fazer a vantagem no jogo de ida.

Mas o Furacão ainda sofre. O esquema exige que todo o time avance para que haja a pressão ofensiva desejada pelo treinador. E o Ceará já é uma equipe com mais qualidade – afinal, é um time de primeira divisão, tem mais estrutura e faz um início de temporada muito bom. E até por isso levou muito perigo ao gol de Santos. Felipe Azevedo teve duas ótimas oportunidades para marcar.

Pavez, Nikão, Thiago Heleno e Bergson reclamaram, mas não houve jeito. O General foi expulso. Foto: Albari Rosa
Pavez, Nikão, Thiago Heleno e Bergson reclamaram, mas não houve jeito. O General foi expulso. Foto: Albari Rosa

E ainda houve a jogada mais discutida do primeiro tempo. Aos 23 minutos, Andrigo saiu livre ainda no campo do Vozão. Se passasse por Thiago Heleno perto do círculo central, iria ter caminho livre até o goleiro atleticano. O General acertou um carrinho daqueles e derrubou o jogador cearense, e o árbitro Flávio Rodrigues de Souza expulsou o zagueiro. Não adiantou a reclamação, e nem as cobranças de Fernando Diniz e Jonathan após a etapa inicial. O Atlético estava com dez jogadores.

Não daria mais para fazer aquela pressão toda – apesar da posse de bola seguir sendo prioritariamente rubro-negra. O jogo caiu de ritmo, porque o Ceará não pressionou e o Furacão só ameaçou com as faltas de Thiago Carleto. O lateral foi o jogador mais perigoso em toda a partida, tentando nos chutes de fora também no segundo tempo. E também ajudou ao salvar o gol certo dos visitantes, quando Felipe Azevedo chegou a driblar Santos e tocou para o gol vazio, mas Carleto apareceu para desviar. Ele fez o termo “dar o sangue” ser literal ao se chocar com Valdo e sofrer um corte na cabeça.

O Vozão foi melhor na etapa final. Além de ter um jogador a mais, o Ceará se ajustou e passou a rondar a todo tempo o gol atleticano. Não era mais possível jogar adiantado. Apesar disso, o Furacão se arriscava ao sair jogando com a bola dominada sob forte marcação adversária. Assim o risco aumentava. Santos se destacava com ótimas intervenções. Foi outro destaque rubro-negro.

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Pra não ser mais cobrado pela torcida, Fernando Diniz não perdeu muito tempo e colocou Felipe Gedoz com 28 minutos – sabe como é, melhor ter a galera a favor do que contra. Mas nem o favorito dos rubro-negros conseguiu criar muitas oportunidades. A única chance daquelas de lamentar foi com Pablo, que recebeu um cruzamento na pequena área e perdeu um gol feito. O gol não saiu, mas do jeito que o jogo foi, ficar no 0x0 até que não foi ruim.

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