Não foi a tarde dos sonhos do Atlético. Após um bom primeiro tempo, o time caiu de rendimento e acabou empatando com o Vitória em 1×1, neste domingo (17), na Arena da Baixada. O resultado mantém o Furacão na quinta posição do Campeonato Brasileiro, dois pontos atrás do Santos e empatado com o Flamengo.
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Havia várias expectativas em torno do jogo. Do lado do Atlético, o time vinha com Walter e André Lima – mais uma chance para a dupla mostrar serviço e provar que pode jogar junta. Os jogadores esperavam um grande público pela boa fase que o time vinha passando. E a sempre tensa relação entre Dagoberto e Furacão tinha um novo capítulo com a escalação do atacante por Vágner Mancini, por sinal o melhor técnico da história recente do clube, que comandou o time terceiro colocado no Brasileirão e vice-campeão da Copa do Brasil em 2013.
A torcida não compareceu no número esperado – era a média dos últimos jogos na Baixada, mesmo em um dia de sol e sem nuvens. Dagoberto já encarou as vaias desde o aquecimento e por ironia foi o primeiro jogador a tocar na bola ao apito do árbitro. E André Lima, como era de se esperar, ficava centralizado, e Walter era um articulador pela esquerda, por onde normalmente já atua.
E o Furacão tentou controlar a partida desde o início. Walter aparecia pelo lado mas também se juntava a André quando o jogo corria pela direita, com Nikão e Léo. O Vitória fazia marcação adiantada e buscava as bolas altas para Kieza. A primeira boa chance foi com Pablo aos 13 minutos, após Walter receber o lançamento longo e deixar o meia em condições de chutar. O destaque do jogo era o camisa 18. Aos 17, ele colocou Sidcley na cara do gol, mas o lateral chutou mal.
Se Dagoberto sentia mais uma vez as vaias, o Vitória era perigoso nos contra-ataques. E numa falha do atacante, a bola sobrou para Marinho que quase fez um golaço. A resposta foi imediata – num cruzamento de Pablo, André Lima se enrolou e praticamente recuou para Caíque. Aos 28, o goleiro teve que se virar para espalmar a forte cobrança de falta de Nikão.
Uma jogada bizarra quase gerou o gol do Furacão. Ramon cobrou falta na defesa e recuou para Caíque, só que ele jogou na esquerda e o goleiro estava na direita. Não fosse um pique salvador e teríamos visto mais um gol estranho na história dos confrontos entre Atlético e Vitória – e o coitado do Caíque quase se quebrou ao se chocar com o suporte da rede. Era o personagem do jogo o arqueiro baiano, que aos 41 defendeu com os pés o arremate de Pablo. E logo depois Hernani levou perigo mandando de longe.
E coitado do Caíque. Aos 45 minutos, o Atlético abriu o placar em outra trapalhada da zaga dos visitantes. Diego Renan recuou mal, Pablo tirou o goleiro com categoria e fez o centésimo gol do Furacão na remodelada Arena. Apesar da falha, os donos da casa eram melhores e mereciam a vantagem.
O resultado ainda não dava o G-4 para o Rubro-Negro. Eram precisos dois gols de vantagem para ultrapassar o Santos. Mas foi o Vitória quem começou atacando, com Marcelo obrigando Weverton a fazer grande defesa. A entrada de Serginho colocou os visitantes mais à frente, aumentando o trabalho da zaga atleticana, mas também cedendo mais espaços para os contra-ataques. Pablo perdeu uma chance incrível aos 17 minutos, após bom passe de André Lima.
Percebendo essa possibilidade, Paulo Autuori sacou Walter, que teve um ótimo início mas depois sumiu, e colocou Marcos Guilherme. Só que o Vitória era perigoso. Dagoberto, em seu último lance, chutou colocado e Weverton defendeu. E aos 25 minutos, foram os baianos que atacaram em velocidade e superaram a defesa, e só restou ao goleiro rubro-negro derrubar Kieza. Diego Renan cobrou no meio do gol e empatou a partida.
Foi a vez de Giovanny entrar no lugar, de Pablo, na tentativa de tentar uma jogada individual – até porque novamente o Atlético teria que pressionar. Só que os donos da casa se desarrumaram, e o Vitória tinha mais a posse de bola. Aos 31 minutos, um erro na saída de bola e Serginho mandou uma bomba no travessão. O garoto Yago foi a última aposta de Autuori, no lugar de um Nikão apagado e cansado.
O tranquilo jogo do primeiro tempo ficou dramático na reta final. Giovanny foi parado pela ótima defesa de Caíque. Logo depois uma confusão na área atleticana deixou o torcedor assustado. O goleiro saiu em falso aos 43 minutos, e André Lima não aproveitou. Era um momento de desespero em campo e nas arquibancadas. Que não mudou muito até o apito final do frustrante empate na Baixada.
Ficha técnica
BRASILEIRÃO
1º Turno – 15ª Rodada
ATLÉTICO 1×1 VITÓRIA
Atlético
Weverton; Léo, Paulo André, Thiago Heleno e Sidcley; Otávio, Hernani e Pablo (Giovanny); Nikão, Walter (Marcos Guilherme) e André Lima.
Técnico: Paulo Autuori
Vitória
Caíque; Diego Renan, Ramon, Victor Ramos e Euller; Marcelo (Tiago Real), Willian e Nickson (Serginho); Dagoberto (Vander), Marinho e Kieza.
Técnico: Vágner Mancini
Local: Arena da Baixada
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães (RJ)
Assistentes: Rodrigo Henrique Correa (FIFA-RJ) e Luiz Claudio Regazone (RJ)
Gols: Pablo 45 do 1º e Diego Renan 25 do 2º
Cartões amarelos: Hernani, Léo, Weverton (CAP); Victor Ramos, Marinho, Kieza (VIT)
Renda: R$ 291.890,00
Público pagante: 15.683
Público total: 17.591