O Atlético viveu um dia de altos e baixos, neste domingo (17), na Arena da Baixada. A vitória por 3×1, de virada, sobre o Fluminense, fez jus ao que as duas equipes apresentaram em campo. Enquanto o Furacão dominou a maior parte do tempo, criou diversas chances e foi para cima, o tricolor carioca pouco chegou ao ataque, quase não deu trabalho, e chegou ao gol apenas em uma bola parada, no final do primeiro tempo. Porém, foi justamente este gol do adversário que quase colocou tudo a perder.
Assim como aconteceu no empate em 1×1 com o Coritiba, na rodada passada, o Rubro-Negro, desde o apito inicial, parecia que conseguiria a vitória a qualquer momento. Com passes rápidos e rondando a área, o time atleticano contava com o apoio da torcida, que incentivava de acordo com a postura dentro de campo. No primeiro tempo, foram duas chances de abrir o placar em chutes direto, além de uma bola no travessão quando Ribamar tentou o cruzamento, mas a bola desviou no marcador e mudou o rumo.
Era questão de tempo para o gol amadurecer e o Atlético sair na frente, ainda mais diante de um adversário que se abdicava de atacar e mal conseguia se defender. O Fluminense parecia perdido em campo. Só que aí veio aquele balde de água bem gelada. Tudo começou em um erro de Lucho González, que fez falta na entrada da área. Gustavo Scarpa cobrou, a bola bateu na barreira e saiu. No escanteio, Scarpa bateu, Weverton saiu mal e Henrique Dourado, de cabeça, mandou para as redes. Isso aos 46 minutos. Da mesma forma que foi com o Coxa, o Furacão levou o gol na única vez em que de, fato, foi atacado, e na base da bola parada.
Um gol que mudou o clima na Arena. Na saída para o intervalo algumas vaias e cobranças, mesmo com a boa atuação apresentada até ali. Mas parecia que o fantasma do clássico ainda incomodava e assombrava. Aí veio o segundo tempo e a história mudou.
“Ganhar sempre dá tranquilidade para trabalhar. A torcida fica mais calma e trabalhamos com mais tranquilidade. Seria injusto se não ganhássemos este jogo, assim como foi no jogo passado. Mantemos nossa proposta de jogo e se seguirmos assim teremos um futuro promissor”, avaliou o técnico Fabiano Soares.
Só que a ‘calmaria’ da torcida demorou a acontecer. Embora tivesse a mesma postura ofensiva do primeiro tempo, enquanto o gol não saía, o incentivo inicial era de pressão. Até que, aos 11 minutos, Felipe Gedoz cobrou falta e empatou o confronto. E junto com o gol, parecia que a confiança dentro do estádio havia voltado.
O clima de apoio só foi resgatado mesmo aos 34, quando Sidcley fez belo lançamento para Ribamar, que ganhou do adversário na corrida e bateu na saída de Julio Cesar, virando o jogo. A vitória ali, já era certa, pois o Fluminense não esboçou reação em nenhum momento, enquanto o Rubro-Negro seguia em cima e coroou o resultado com um terceiro gol, que saiu em um belo chute de Jonathan, já nos acréscimos. A partir daí, a festa na Arena se tornou completa e o time saiu de campo aplaudido e também mais confiante e tranquilo.
“A gente trabalha muito forte, mas não estávamos ganhando e a torcida estava cobrando muito. Agora, vamos ter uma tranquilidade maior para trabalhar”, disse Ribamar.
“O Atlético fez um grande jogo, vinha jogando bem, mas a bola não queria entrar. No primeiro tempo fomos impressionante, criando muitas chances, mas acabamos levando o gol do adversário. No segundo tempo estivemos compactos, fomos criando, empatamos, virando e a equipe está de parabéns”, ressaltou Fabiano Soares.