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Atlético repete cenário, repete erros e volta a perder

Pablo no chão e Raul Prata com o lance dominado. Foto: Rafael Melo/Estadão Conteúdo

Um filme repetido. Posse de bola, troca de passes, um pretenso domínio tático, pouquíssimas finalizações. E derrota. O que se viu nesta quarta (6) em Recife foi muito parecido com as derrotas mais recentes do Atlético. Neste 1×0 para o Sport, na Ilha do Retiro, as cenas foram novamente vistas, novamente o Furacão não mostrou força para vencer, e o resultado foi a volta para a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. E uma pressão monstruosa para o jogo de sábado (9) contra o São Paulo na Arena da Baixada.

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O Atlético enfim veio com mudanças de escalação. Para variar, Fernando Diniz sacou Matheus Rossetto – sempre que há alterações, o garoto é sacado. No seu lugar, uma ousadia, a entrada de Marcinho. Também saiu Guilherme, contestado pelas últimas atuações, e entrou Raphael Veiga. Mas não havia troca na forma de jogar, o que é uma determinação clara do treinador rubro-negro.

E o cenário de outras tantas partidas se repetiu no primeiro tempo. Furacão trocando passes, Sport levando mais perigo. As chances mais claras da etapa inicial vieram em chutes de Fellipe Bastos e de Rogério, ambos assustando Santos mas indo para fora. No final das contas, os donos da casa chegaram mais, conseguiram até ter posse de bola, e o Rubro-Negro ficou com apenas um arremate ao gol de Magrão.

O ex-atleticano Deivid na disputa com Thiago Heleno. Foto: Diego Nigro/Estadão Conteúdo
O ex-atleticano Deivid na disputa com Thiago Heleno. Foto: Diego Nigro/Estadão Conteúdo

Os problemas táticos eram os mesmos de sempre – faltava profundidade, faltava agressividade. Enquanto ficava no seu estilo, o Atlético não ameaçava os pernambucanos. Em contrapartida, o adversário vinha para o ataque inclusive com os volantes. Entre eles, Deivid, pela primeira vez na carreira enfrentando o clube que o revelou e do qual é um dos jogadores com maior número de partidas.

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E como o Sport evitava ao máximo escanteios e faltas de média distância (ao todo só fez quatro), para que Thiago Carleto não tivesse chances de cruzamento e arremate, o Furacão era um time inofensivo. Do outro lado, Fellipe Bastos correu o risco de chutar de longe. Logo no primeiro lance do segundo tempo, mandou um balaço inacreditável da intermediária e abriu o placar.

Curioso que após o empate com o Paraná Clube, Fernando Diniz disse que preferia um jogo trabalhado, mesmo que o seu time não arrematasse a gol. “Se você pegar a bola do meio do campo, chutar e contabilizar como finalização, prefiro que o time finalize para levar algum perigo ao gol do que para se livrar da bola”. Uma tentativa como a de Fellipe Bastos parece ser difícil de esperar do Atlético.

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Em desvantagem, o treinador sacou Nikão e colocou Bergson – o camisa 11 deixou o campo irritado com a alteração. Mas Bergson quase empatou em sua primeira jogada. A estratégia atleticana não era muito moderna: buscava os cruzamentos e tentava ganhar escanteios para que Thiago Carleto jogasse a bola na área. Até para evitar essa pressão, o técnico adversário Claudinei Oliveira colocou o veteraníssimo Durval em campo.

Já com Bruno Guimarães no lugar de Zé Ivaldo, o Atlético partiu para a reta final da partida tentando pressionar. Como os donos da casa decidiram se defender, havia espaço para atacar. Mas o perigo mesmo era só com Carleto. Numa falta, ele colocou na cabeça de Pablo, mas Magrão fez ótima defesa. Até Thiago Heleno virou atacante, mas nada adiantou. O Furacão perdeu de novo. E certamente Fernando Diniz deve ter gostado.

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