Salvador – Um grupo confiante e que sabe que vive o melhor momento da temporada. É esse o espírito do Atlético que chega para o jogo desta quarta-feira (24) contra o Bahia, às 21h45, na Fonte Nova, pela ida das quartas de final da Copa Sul-Americana. Com a melhor campanha do torneio, o objetivo do Furacão é mostrar em campo os motivos que fizeram desta competição uma prioridade para o clube neste final de 2018.
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Desde a chegada em Salvador o que se vê é um elenco muito concentrado. O ambiente é leve, inclusive com os jornalistas, mas de muita seriedade. Internamente, sabe-se do tamanho de uma possível conquista da Sul-Americana para o Atlético. Além da obsessão do clube, que é a disputa da Copa Libertadores da América, um título seria mais um degrau na consolidação rubro-negra – no plano de se tornar definitivamente um dos grandes do futebol brasileiro naquilo que o homem-forte atleticano, Mário Celso Petraglia, trata como “terceiro ciclo” do Furacão.
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Os jogadores abraçaram a ideia. Se os da base (Santos, Léo Pereira, Pablo) já são criados neste espírito, os mais veteranos (Jonathan, Paulo André, Lucho González) são os que mais dão importância a esse projeto. Em entrevista ao jornalista Alexandre Pretzel, o capitão Paulo André disse acreditar no plano de Petraglia. “O Atlético, sem dúvida, é o clube que mais cresceu no país nos últimos 20 anos, tanto em estrutura quanto em capacidade. Os resultados mostram isso, desde os anos 2000. Tenho certeza que, olhando lá para a frente como ele olha, e competente do jeito que ele é, vai conseguir conduzir o clube desta forma”, analisou.
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Para ter uma relação mais próxima dentro da Conmebol, a vinda do diretor executivo Rui Costa foi fundamental. Com histórico na entidade por conta dos tempos de Grêmio e Chapecoense, o cartola já passou a fazer o meio-campo entre o clube e os dirigentes estrangeiros. “Venho fazer parte de uma meta do presidente de retomar o protagonismo esportivo do Atlético-PR. É isso que falta para sermos um clube que briga por títulos nacionais todo ano, principalmente depois de todo o investimento no estádio e em infraestrutura”, afirmou Rui em entrevista ao jornalista Jorge Nicola.
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O “protagonismo” do Atlético em campo tem relação direta com os projetos do clube fora dele. Apesar de não admitir, e mesmo com Mário Celso Petraglia se tornando uma liderança entre os cartolas, o Furacão sabe que só títulos e participações constantes em torneios internacionais farão o cacife ser aumentado em negociações de direitos de TV. Só falar mais alto não adianta. Vencer é uma necessidade.
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E depende do trabalho dos jogadores e de Tiago Nunes. E se demorou para ele assumir o posto que era de Fernando Diniz, os resultados mostram o acerto da decisão. Com Diniz, o Atlético jogou 21 vezes, com cinco vitórias, sete empates e nove derrotas (34,92% de aproveitamento). O ataque marcava poucos gols (25) e a defesa sofria mais (27). Após a troca, o Furacão de Tiago Nunes entrou em campo 23 vezes, vencendo 13, empatando cinco e perdendo cinco (63,77% de rendimento). O ataque melhorou (42 gols pró) e a defesa também (17 gols contra).
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É com esse perfil, mais arrojado dentro e fora de campo, que o Atlético quer dar um salto de qualidade. E um passo decisivo poderá ser dado em Salvador nesta quarta-feira.
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