Com dois meses de comando no Atlético, o técnico Fernando Diniz, depois do terceiro jogo oficial realizado em 2018, ainda não encontrou o equilíbrio necessário do time. Defesa e ataque não falaram a mesma língua até agora neste ano. Em nenhum dos três compromissos do Furacão nesta temporada, os dois setores, juntos, conseguiram ter apresentações lineares e foram capazes de empolgar o torcedor rubro-negro.

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No empate em 0x0 diante do Ceará, anteontem, pela Copa do Brasil, o Atlético voltou a ter problemas com o seu setor ofensivo. No seu primeiro compromisso em 2018 contra um time que joga a primeira divisão, o Furacão, apesar de procurar sempre jogar no campo do adversário, teve dificuldades para furar a retranca imposta pelo Vozão. As ações ofensivas ficaram comprometidas depois que o zagueiro Thiago Heleno foi expulso ainda na metade do primeiro tempo.

Com relação aos dois primeiros jogos, Fernando Diniz manteve o esquema com três zagueiros e mudou poucas peças. Uma delas foi justamente no ataque. O atacante Ribamar deixou a equipe titular e deu vaga para Bergson. No entanto, a bola pouco chegou na frente e, quando chegou, o camisa 30 não conseguiu ter o bom rendimento apresentado na semana passada, quando entrou no decorrer do duelo contra o Tubarão e conseguiu mudar a história daquela partida.

O técnico admitiu que, diante do Ceará, faltou poder de criação ao Atlético, mesmo quando as duas equipes tinham onze jogadores em campo cada. O comandante do Furacão comentou ainda que a expulsão prejudicou o poder de criação da equipe na busca pela construção da vitória no duelo de ida da terceira fase da Copa do Brasil.

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“Faltou criação. Contra o Tubarão, sobrou. Hoje, a gente estava errando na fase inicial, mesmo no 11 contra 11. A tendência natural era ir crescendo durante o jogo. A equipe foi se acertando. Depois da expulsão, de fato, se descaracterizou o jogo. Quando a gente teve posse no campo de ataque, conseguiu criar”, explicou o comandante atleticano.

Nikão marcado por Rafael Carioca e Luiz Otávio. Desse jeito, Bergson foi pouco acionado contra o Ceará. Foto: Albari Rosa

O goleiro Santos, que foi o grande responsável pelo empate sem gols diante do Ceará e evitou um resultado pior com grandes defesas, pontuou que a falta de ritmo de jogo pode estar atrapalhando o Atlético neste começo de ano. Isto porque o Furacão está utilizando uma equipe de aspirantes e recheada de jovens na disputa do Campeonato Paranaense.

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“O jogador, quando tem mais jogos, é muito importante. Eu falo por mim. Nos momentos em que eu joguei, não tinha tanta sequência e isso dificulta um pouco, principalmente o pessoal que está jogando só a Copa do Brasil. É o terceiro jogo, sei que é difícil e é importante jogar para ter condição de jogo. Vai dando mais confiança, tirando o peso e as coisas vão fluindo melhor”, garantiu Santos.

A falta de equilíbrio tem marcado a trajetória do Atlético na Copa do Brasil. Na primeira fase, o Atlético empatou em 0x0 com o Caxias, fora de casa, em uma jornada pouco inspirada do seu ataque. Há uma semana, o Furacão teve mais uma atuação desequilibrada. Contra o Tubarão, na Arena da Baixada, o Rubro-Negro venceu por 5×4, o ataque funcionou, mas o sistema defensivo quase comprometeu a classificação do time rubro-negro para a terceira fase da competição nacional.

Confira a tabela do Campeonato Paranaense!

Fernando Diniz terá agora mais duas semanas para achar esse equilíbrio entre o ataque e a defesa do Atlético. Para avançar à quarta fase da Copa do Brasil, diante do Ceará, dia 15, na Arena Castelão, o Furacão terá que achar esse meio-termo na sua atuação. Somente se vencer o Vozão, fora de casa, é que o Rubro-Negro chegará à próxima etapa da competição nacional sem depender da disputa de penalidades.