No sufoco

Atlético precisou segurar a pressão do Londrina e contar com uma bola pra chegar à final

Atlético sofreu, mas no final comemorou mais uma decisão de Campeonato Paranense. Foto: Roberto Custódio

Foi no sufoco e na base da superação, mas o Atlético chegou a mais uma final do Campeonato Paranaense. Jogando por um empate, o Furacão foi pressionado a maior parte do tempo, teve apenas uma chance – que foi aproveitada – e acabou perdendo por 2×1 para o Londrina, neste domingo (23), no Estádio do Café, mas nos pênaltis conseguiu a classificação para fazer a decisão com o Coritiba, pelo segundo ano consecutivo.

O confronto no interior pode ser resumido no já conhecido ataque contra defesa. Antes mesmo de a bola rolar esse panorama já se desenhava no Café. Bastava ver as escalações das duas equipes. Pelo Atlético, três zagueiros e dois volantes, uma clara intenção de se defender e segurar a vantagem do empate, construída na Arena da Baixada. Do outro, um Londrina com apenas um volante e três armadores, uma forma de pressionar para conquistar a vitória. E a teoria se transformou em prática.

Desde o começo o Tubarão ficava com a bola no campo de ataque e poucas vezes se viu o Furacão saindo da defesa. O Alviceleste aproveitava a velocidade de Rafael Gava, Fabinho e Yaya, além da altura de Paulo Rangel para acuar o adversário. O resultado disso foi bola alçada na área atleticana a todo momento, principalmente pelo lado esquerdo, onde os donos da casa encontravam muito espaço para atacar, principalmente com Rafael Gava, a surpresa de técnico Cláudio Tencati e que deu trabalho ao Rubro-Negro.

E foi assim que o Londrina criou as melhores chances e, inclusive, chegou ao gol com Paulo Rangel, aos 38 minutos, após cruzamento de Celsinho. O Atlético praticamente apenas assistiu o adversário jogar na etapa inicial e não começou bem o segundo tempo. O Tubarão precisou de apenas seis minutos para chegar ao segundo gol, com Celsinho, Depois disso – e diversas falhas – e o auxiliar Bruno Pivetti, que foi quem comandou a equipe, precisou mexer, colocando Matheus Anjos, Nícolas e Yago.

“No intervalo não teve bronca, apenas alguns ajustes. No primeiro tempo fugimos das nossas características. No segundo tempo colocamos a bola no chão, Matheus Anjos, Nícolas e Yago entraram muito bem e equilibramos a partida, conseguindo diminuir o marcador que nos possibilitou chegar a final nos pênaltis”, explicou Pivetti.

De fato, os três jogadores que saíram do banco de reservas mudaram a postura do Furacão, fazendo o time tentar criar mais jogadas. Ainda assim, não era o suficiente para reverter a situação no Café. Anulado pelos donos da casa, o Rubro-Negro se via pressionado no campo de defesa, mais perto de sofrer o terceiro gol do que marcar o primeiro.

Mas bastou um contra-ataque certeiro para a história do duelo mudar. Aos 35, Matheus Anjos iniciou a jogada, que passou por Luis Henrique e João Pedro até terminar no chute de Renan Paulino, naquela que foi praticamente a única oportunidade atleticana em campo, para fazer o gol e levar a vaga para a disputa de pênaltis. Aí o Furacão teve 100% de aproveitamento, enquanto o Londrina desperdiçou a chance com Rafael Gava, e selou a classificação para a final.

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