Se uma palavra fosse resumir o ambiente do jogo das 19h30 entre Atlético e Remo, na Arena da Baixada, a volta da primeira fase da Copa do Brasil, essa palavra seria pressão. Por mais que o Furacão entre em campo “classificado” – o empate em 0x0 classifica -, o time sabe que precisa mostrar um bom futebol contra a equipe reserva azulina. As feridas da disputa do Torneio da Morte ainda não cicatrizaram, e o primeiro passo para acalmar a casa é justamente garantir a vaga na segunda fase com uma atuação convincente.
O técnico Enderson Moreira está visivelmente incomodado com a situação do time. Admite que esse momento exige acima de tudo resultados. “Eu não gosto de pensar assim, apenas em resultados. Mas é o que temos que fazer agora”, comentou, em entrevista à RPC. Dependesse dele e o Atlético estaria num processo mais consistente de transição, mudando o estilo de jogo e com tempo para treinar. Aconteceu exatamente o contrário – o Rubro-Negro é obrigado a vencer todas no Estadual e o fato de o Remo chegar com o time misto só aumenta a pressão (olha a palavrinha de novo) no jogo desta noite. “Isso complica ainda mais”, resumiu o meia Felipe.
O que se espera é um jogo afirmativo do Atlético. “A pressão existe de fora. Aqui dentro a gente está consciente de que precisa melhorar, mas sabemos que a torcida espera uma recuperação imediata”, comentou Felipe na entrevista para a RPC. Jogadores e comissão técnica se assustaram com a reação dos torcedores no primeiro jogo do “morre-morre” contra o Prudentópolis.
“Esperávamos que fosse acontecer depois do jogo. Mas foi o tempo todo. E a torcida tem razão, o que eu já vi eles fazerem pelo time não tem igual. Eles são apaixonados, espetaculares. Não tenho o direito de pedir paciência. Se eu pudesse, eu pediria”, confirmou Enderson Moreira.
Como não pode, tome pressão (mais uma vez). E certamente o Remo está por dentro da situação rubro-negra. Vai deixar o Furacão ter a posse de bola e tentando enervar os donos da casa. “A postura será de uma equipe buscando os contra-ataques. Eles têm jogadores rápidos e isso pode nos complicar. Vai ser bastante difícil”, comentou Enderson, que não deverá fazer mudanças profundas no time titular.
Time
Sem Cléo e possivelmente perdendo Walter antes mesmo do centroavante estrear (ver página 15), o Atlético terá mais uma vez Douglas Coutinho e Marcos Guilherme no ataque. As novidades estarão no meio, com a volta assegurada de Deivid e Hernani, ainda em recuperação física, disputando a posição com o recém-chegado Jadson. Se o time não muda, a pressão também não. “Estamos precisando de um momento de mais tranquilidade. E espero que ele venha logo, com uma classificação na Copa do Brasil e resolvendo nossa situação no Paranaense”, finalizou Enderson Moreira.
Moqueca de camarão! Leia mais do Atlético na coluna do Mafuz!