O Atlético encerrou uma maratona de três jogos fora de casa não exatamente da maneira que gostaria. O saldo até que foi positivo, afinal, em oito dias, goleou o Peñarol no Uruguai e avançou na Copa Sul-Americana e conquistou dois pontos na briga para sair da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Mas no empate em 0x0 com o Ceará, no sábado (11), no Presidente Vargas, o Furacão não repetiu a boa postura e acabou ficando na igualdade justamente contra um concorrente direto nesta luta.
Se uma semana antes, no 0x0 com o Corinthians, o Rubro-Negro foi até superior que o adversário em boa parte do tempo e até merecia sair com os três pontos, diante do Vozão o ímpeto foi bem menor, que pode ser explicado pela sequência de viagens e desgaste físico.
“Foi um ponto importante. Queríamos a vitória, mas estamos vindo de uma viagem desgastante do Uruguai, uma semana fora de casa, o calor aqui pegou bastante. Mas isso não é desculpa. A equipe lutou, tivemos oportunidades, mas não colocamos para dentro. O cansaço pegou um pouco, mas agora temos uma semana inteira para descansar, levantar a cabeça e semana que vem vamos enfrentar o Flamengo”, afirmou o meia Nikão.
O cansaço, de fato, parece ter sido um adversário extra do Rubro-Negro. Se já não bastasse o desgaste pelas viagens para São Paulo, Montevidéu e Fortaleza, o forte calor, na casa dos 28 graus na capital cearense durante o jogo, diminuiu a velocidade do Atlético em campo. Tanto que a única vez em que conseguiu fazer essa jogada, Marcelo Cirino arrancou para ganhar do marcador, mas acabou sofrendo uma lesão muscular que o tirou de campo no mesmo momento, ao final da primeira etapa.
Com isso, o Furacão precisou mudar a forma de atuar. Passou a ter mais a posse de bola, o que não vinha acontecendo antes, e também chegou com mais perigo só nas bolas paradas, como uma cabeçada de Bergson no primeiro tempo e outras duas cobranças de falta do atacante.
Mas também não viu sua defesa trabalhar. Diante do baixo ímpeto do Ceará, que havia pressionado o Santos no meio de semana, no mesmo Presidente Vargas. Até por isso, o 0x0 não foi visto de forma negativa pelo time atleticano.
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“Tentamos superar tudo isso, o cansaço da viagem, o campo, a pressão que é jogar aqui. Sabemos a dificuldade que é jogar aqui e sempre temos falado que se a gente não fizer o gol, não podemos tomar também. É importante levar esse ponto para casa, em um confronto direto. Tivemos que aproveitar isso e agora temos uma semana toda para trabalhar”, ressaltou o meia Marcinho, já focando no duelo com o Flamengo, domingo (19), na Arena da Baixada.
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