O Atlético entra em campo neste domingo (3), contra o Palmeiras, a partir das 17h, na Arena, que pode estar revestida de grama sintética pela última vez no Brasileirão. É que uma polêmica determinação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), resultante da decisão da maioria dos clubes da primeira divisão, proíbe a utilização deste tipo de piso no campeonato nacional a partir do ano que vem.

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O presidente do conselho deliberativo do Atlético, Mário Celso Petraglia, afirmou que não está criando nenhuma articulação nos bastidores para manter a cobertura que vem sendo utilizada.

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“Existe uma guerra entre as empresas de grama natural com as gramas de tecnologia. Não dá para comparar a qualidade dos estádios do Brasil com natural e sintético, pois a natural exige muito dinheiro, um dinheiro que ninguém quer pagar. E existe uma tendência natural para investir no gramado mais tecnológico.

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O dirigente já prevê uma situação de enfrentamento no próximo arbitral do Brasileirão, quando a questão da grama sintética deve voltar à berlinda. Crítico como de praxe, Petraglia aproveitou a temática para alfinetar os adversários que não cumpriram o combinado na última reunião dos grupos. “O arbitral determinava que esse ano, 2017, tínhamos que abrir o estádio para as equipes realizarem o reconhecimento do gramado. Abrimos, o que poucas equipes fizeram”, disparou.

Veto

O veto à utilização de grama sintética para 2018 veio no dia 20 de fevereiro deste ano, quando em uma reunião entre os clubes o presidente do Vasco, Eurico Miranda, antigo desafeto de Petraglia, lançou a polêmica: disse que não jogaria neste tipo de piso e insinuou que o bom rendimento do Atlético em 2016 estaria ligado à cobertura. Influente, acabou angariando o apoio de 15 dos 20 clubes que disputaram a Série A deste ano. Os clubes que votaram contra a proibição foram, além do Atlético, o Coritiba, o Sport, o Bahia e o Palmeiras, adversário do Furacão neste domingo.

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Veja como o gramado sintético foi vetado no início do ano

Na época, o presidente do conselho administrativo, Luiz Sallim Emed, não poupou críticas à decisão. “Sempre tivemos um ótimo rendimento em casa. Vamos discutir, enfrentar, e estou certo de que vamos conseguir reverter essa decisão”. No entanto, pelas palavras de Petraglia, este deve ser um tema que só voltará a ser tratado, de modo efetivo, no ano que vem.