Na briga por uma das vagas na Libertadores de 2017, o Atlético está próximo de marcar seu nome na história do Campeonato Brasileiro. Uma vitória separa o Furacão de igualar a marca do Corinthians, que, no ano passado, quando foi campeão do Brasileirão, alcançou a melhor campanha como mandante desde 2003, quando a competição passou a ser disputada por pontos corridos.
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A vitória sobre o Sport por 2×0, domingo, na Arena da Baixada, foi a 15ª do Rubro-Negro dentro de casa no Campeonato Brasileiro. Além desses triunfos, o Furacão tem ainda dois empates e apenas uma derrota, totalizando aproveitamento de 87% nas partidas realizadas como mandante. O Santos, que ainda briga pelo título do Brasileirão, tem o segundo melhor rendimento diante da torcida, com 81% dos pontos conquistados até agora.
No ano passado, quando foi campeão do Brasileirão de maneira incontestável, o Corinthians conseguiu 16 vitórias, dois empates e uma derrota, totalizando 88% de aproveitamento. Assim, o Atlético, se vencer o Flamengo, na última rodada, igualará a marca do Timão e vai provar sua força dentro do Caldeirão.
Durante a sua caminhada no Brasileirão, o Atlético, em várias oportunidades e apesar do grande rendimento nos jogos realizados na Arena da Baixada, passou longe de ser brilhante, mas teve sempre atuações seguras e consistes. A equipe comandada pelo técnico Paulo Autuori, sempre bem posicionada em campo, conseguia controlar as partidas, sabendo os momentos certos para pressionar os adversários e, assim, definir os jogos a seu favor ao lado do torcedor.
O treinador destacou a força do Furacão jogando na Arena da Baixada e acredita que será difícil, daqui em diante, que outros clubes consigam campanhas tão boas como mandante nas próximas edições do Brasileirão.
“Vai ser difícil repetir isso no ano que vem. A campanha que o Atlético faz, ela é muito difícil de ser feita. Se parar para ver, nenhuma equipe tem isso. Temos um jogo fora e um em casa. Que isso fique de aprendizado para o próximo ano.Mesmo contra o Palmeiras (única derrota), era um jogo que poderia não ser perdido”, apontou Autuori. “Taticamente a equipe fez um jogo muito bom de novo, sabendo entender quando teve que forçar o jogo, forçou e fez um primeiro tempo muito bom. Trabalhou bem com a bola e sempre preocupado com a transição do Sport, que é muito forte”, emendou ele.
Coincidência ou não, o Atlético emplacou essa grande campanha dentro da Arena no primeiro ano da grama sintética no estádio. O piso diferenciado contribuiu um pouco com o alto rendimento do Furacão dentro de casa, sobretudo pela discrepância de aproveitamento com as partidas fora de casa, já que o time atleticano é um dos piores visitantes (14% de aproveitamento) e por isso não está brigando pelas primeiras colocações na tabela.
“Fico muito feliz que fazemos prevalecer esse fator. Pode falar o que quiserem, sobre a grama e blá-blá-blá. O que importa é o nosso clube ganhar. O choro é livre, não posso fazer nada. Cada um se adapta. Tivemos grandes jogos aqui. Você vai em vários estádios e o pessoal reclama que a bola quica, que a grama não é boa. Aqui não tem do que reclamar”, concluiu o atacante André Lima.
