Já era!

Atlético perde para o Sportivo Luqueño e é eliminado da Sul-Americana

O Atlético está eliminado da Copa Sul-Americana. Com uma atuação abaixo da média no primeiro tempo, o Furacão perdeu para o Sportivo Luqueño por 2×0, no estádio Feliciano Cáceres, em Luque, no Paraguai e perdeu a chance de chegar entre os quatro melhores times da competição internacional. O ano acabou para a equipe rubro-negra de forma melancólica, já que vai apenas cumprir tabela no Brasileirão e volta a campo no domingo, diante da Chapecoense, em Santa Catarina.

O início de partida saiu melhor do que a encomenda para o Luqueño. Aos 3 minutos, Kadu cometeu falha grosseira na entrada da área, Jorge Ortega roubou, chapelou Vilches, tocou por cima de Wéverton e marcou um golaço. A partir daí, o Furacão foi obrigado a sair um pouco mais e a partida ficou equilibrada. Apesar de o Rubro-Negro ter mais posse de bola, as melhores chances foram do time paraguaio.

om a saída de Bruno Pereirinha, machucado, Daniel Hernández entrou para dar um pouco mais de ofensividade ao Furacão. Nas poucas chances criadas, Nikão arrematou duas vezes de frente para o gol, mas chutou mal. Mais eficiente, o Sportivo Luqueño ampliou a vantagem aos 35. Mendieta fez boa jogada pela esquerda e foi derrubado na área por Hernández. Na cobrança, Leguizamón bateu, Weverton defendeu, mas o defensor paraguaio pegou o rebote e marcou o segundo.

Segundo tempo

A entrada de Dellatorre na vaga de Hernani deu um pouco mais de ofensividade ao Atlético. Apesar de encontrar o Sportivo Luqueño bem postado na defesa, o Furacão passou a levar perigo. Aos 24 minutos, perdeu sua melhor chance. Dellatorre cruzou na medida para Nikão, que bateu de primeira na pequena área para grande defesa do goleiro Chena.

Sem conseguir furar a defesa do time paraguaio, o técnico Cristóvão Borges foi para o tudo ou nada nos 15 minutos finais com a entrada do atacante Cléo na vaga do lateral Eduardo. Com isso, Walter passou a jogar mais recuado para ajudar na criação. Quando o Furacão ensaiava uma pressão nos minutos finais, Nikão perdeu a cabeça, agrediu Di Vanni e foi expulso. Com um a mais, o Sportivo Luqueño, com tranquilidade, segurou o resultado e garantiu a classificação.

Foguetório, barulho e pressão no Paraguai

O duelo do Atlético contra o Sportivo Luqueño começou muito antes do apito inicial do árbitro uruguaio Christian Ferreyra. Na noite de terça-feira, quando a delegação atleticana desembarcou no aeroporto de Assunção, a pressão da torcida do time paraguaio começou de forma intensa. Durante a noite que antecedeu a partida, pelo menos até às 3h da manhã, o barulho foi muito grande de motos passando e principalmente por conta de um foguetório incessante realizado em um terreno baldio ao lado do hotel que embalou boa parte da madrugada.

Caso de polícia

Os organismos de segurança do Paraguai precisaram intervir para acabar com o tumulto, para os jogadores do Atlético conseguirem dormir. Rodrigo Ernesto, responsável pela empresa de logística que cuidou da viagem do time até o país vizinho, afirmou que todo o cuidado foi tomado na semana que antecedeu a partida para evitar as ações dos torcedores do Sportivo Luqueño.

“A gente sabia que estava se desenhando um jogo de risco. Viemos monitorando, junto ao clube, desde a semana passada, as redes sociais e os jornais locais e apresentamos um relatório para as autoridades locais. Cartas oficiais do clube foram feitas e o cenário foi antecipado à embaixada brasileira, à Conmebol e as autoridades policiais locais. A gente esperava isso, mas não com tanta intensidade”, apontou Ernesto, em entrevista à Rádio Transamérica, que destacou o bom trabalho realizado pela polícia local.

“Procuramos posicionar os jogadores na área mais segura do hotel e todo trabalho de prevenção e alerta ao clube foi realizado. Foi um trabalho em conjunto com as autoridades locais, que agiram muito bem. A polícia foi muito eficiente, foi forte, foi dura e resolveu o problema como tinha que ser resolvido. Primeiro eles protegeram a frente do hotel e d,epois sentiram a situação. Usaram a força proporcional e o problema não era mais do Atlético e sim dos baderneiros com a polícia local. Eles aumentaram a força até os torcedores se dissiparem totalmente”, emendou.

Estádio

Durante todo o dia os foguetórios continuaram. No estádio, como já era esperado, a pressão foi grande. Walter era o principal alvo das vaias. No setor visitante, segundo informações da imprensa que estava em Luque, somente três atleticanos acompanharam a partida. De acordo com a polícia local, 17 torcedores rubro-negros foram impedidos de entrar no estádio por estarem embriagados.

Acabou em Luque! Leia a opinião de Mafuz sobre a derrota atleticana!

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