Pense: você é jogador do Atlético, Paulo Autuori está há pouco mais de vinte dias no cargo e aparece uma oportunidade de mostrar serviço. Aí o que você faria? Correria como louco, seguiria as ordens do “professor” e jogaria o melhor possível? Ou acharia que era um jogo como qualquer outro, como se fosse um rachão no CT do Caju? Está certo quem acha que é a primeira opção, mas o que aconteceu neste domingo (27) em Toledo foi mais próximo da segunda.
Atuando bem abaixo do potencial que demonstram, o time reserva do Furacão perdeu para o Porco por 3×2 – resultado que ratificou a quarta colocação atleticana na primeira fase do Campeonato Paranaense (se o Londrina realmente perder os pontos) e classificou a equipe do Oeste para as quartas de final.
Apesar de não querer fazer uma avaliação profunda do resultado e da atuação, preferindo dizer que o mais importante era a reflexão interna do trabalho de todo o time, é difícil imaginar que Autuori gostou do que viu no 14 de Dezembro. O Atlético errou muito, desde o início do jogo. E desde o início mesmo, porque no primeiro lance da partida Cleberson fez gol contra.
Havia a dificuldade técnica e a dificuldade tática. Tecnicamente muitos perdiam a chance recebida – Bruno Mota estava apagado, Hernani denunciava a falta de ritmo, Crysan exagerava nas jogadas de efeito, Ewandro era ineficiente. Léo, Sidcley e Anderson Lopes corriam muito, mas produziam pouco. O empate só saiu porque o Toledo também errava, e Vilches aproveitou a bobeada defensiva do Porco e marcou seu primeiro gol na temporada.
Os donos da casa eram mais organizados, e aproveitavam muito os erros de marcação da zaga rubro-negra. Na última jogada da etapa inicial, Diego Tavares fez um salseiro na área e foi derrubado por Sidcley. “Eu peguei na bola, não foi absolutamente nada”, reclamou o lateral em entrevista à RPC. Murilo cobrou com categoria e fez o segundo.
No tempo final, o rendimento ficou ainda pior. Da beira do campo, Paulo Autuori só gritava “olha o passe”, porque o time falhava demais. Mesmo jogando totalmente na defesa, empilhando zagueiros, o Toledo fez o terceiro com Diego Tavares, num lance que começou no erro de Hernani.
Para encerrar a partida, Bruno Pereirinha lançou Giovanny (os dois entraram e bem no segundo tempo) e o jovem meia fechou o placar. Mas o saldo do jogo foi preocupante, porque mostra que algumas opções que o Atlético tem não estão no mesmo nível do time titular.