Principal apoio á implementação do projeto de “torcida única” do Ministério Público do Paraná, o Atlético teve que mudar de ideia na última quarta-feira (21). Foi a pedido da diretoria do clube que a Polícia Militar criou uma separação entre as torcidas rubro-negra e do Corinthians na partida realizada na Arena da Baixada. A informação foi passada pela assessoria de imprensa da PM.
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No esquema idealizado pelo MP adotado de primeira hora pelo Furacão, não há espaço exclusivo para acomodação de torcidas adversárias, e qualquer pessoa, independente do time do coração, deve ocupar o local correspondente ao ingresso adquirido. Para tentar valorizar o plano, o Atlético chama essa iniciativa de “torcida humana”.
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A prática, porém, foi diferente. A pedido de um supervisor do Atlético, de acordo com a PM, o comando da operação policial no estádio dividiu a área – que no passado era destinada aos visitantes -, mas atualmente é o local que a diretoria destina aos organizados. Os corintianos foram mantidos à direita, enquanto os atleticanos foram movidos para o outro lado, com dezenas de cadeiras entre eles, além de aproximadamente 15 policiais fazendo um cordão de isolamento. Seguranças contratados pelo clube também se posicionaram entre os torcedores.
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Os corintianos estavam naquele setor por conta de um acordo com a torcida organizada Os Fanáticos, que na segunda-feira (21) divulgou nota “recomendando” que os torcedores adversários adquirissem entradas na Coronel Dulcídio Superior, a fim de evitar confrontos.
Tranquilidade
A PM ressalta, contudo, que não havia necessidade de separação entre os grupos. Os policiais seguem, obviamente, com total liberdade para intervir quando for necessário, mas no momento a orientação era para seguir o planejamento. Pelo menos até o pedido atleticano para o isolamento dos fãs, possivelmente temendo alguma confusão. Mas nada de grave aconteceu.
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Os únicos problemas apontados pelos órgãos de segurança foram quatro detenções. Duas pessoas tiveram de assinar termos circunstanciados, um por posse e uso de entorpecente, outro por venda de artigos falsificados relacionados ao Atlético. E houve duas prisões graças à biometria.Um dos presos era procurado por assalto a mão armada em Ibiporã e outro violou a condicional por tráfico de drogas.
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A reportagem procurou tanto o Atlético quanto o MP-PR, mas ambos não quiseram se manifestar. O delegado Clóvis Galvão, da Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe), também não comentou o assunto.
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