Versões diferentes

Atlético nega brigas na Arena da Baixada, mas polícia desmente

Torcedores do Fluminense, assim como de outros clubes em outros jogos, se uniram em um canto da Arena para torcer. Foto: Marcelo Andrade

O Atlético divulgou uma nota oficial nesta segunda-feira (24), onde nega que tenham ocorrido brigas na Arena da Baixada entre torcedores do time e de adversários, desde que foi implementada a torcida única no estádio. Segundo o Furacão, a Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe) não registrou nenhum problema em relação a isso, contrariando reportagem realizada na semana passada.

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No entanto, a própria Demafe, por meio do delegado Clóvis Galvão, desmentiu o Furacão, afirmando que sete ocorrências foram relatadas, sendo quatro delas ao redor da Arena e outras três dentro do estádio.

As confusões se deram justamente quando torcedores do adversário comemoraram gol, irritando os atleticanos. O próprio clube, na nota oficial, admitiu que, por ser um projeto novo e de transição, é inevitável que pequenos incidentes aconteçam.

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“Por certo que um projeto dessa grandiosidade exige uma fase de transição e, evidente que alguns atos isolados e de menor gravidade ainda irão ocorrer, mas certamente esta nova orientação irá prevalecer e o nosso estádio voltará a ser frequentado por todos os torcedores e suas famílias, sem qualquer preocupação em relação à violência dentro e fora do estádio”, diz a nota.

Apesar disso, o Furacão garante que manterá a medida de torcida única, chamada de ‘Torcida Humana’, e que os números de incidentes e de efetivo policial para os jogos já foram reduzidos.

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“O projeto de iniciativa do Ministério Público Estadual e encampado pelo Atlético Paranaense prima pela mudança de cultura do torcedor em relação ao ato de torcer e pelo respeito à convivência entre as pessoas. Por isto do nome “TORCIDA HUMANA”. O clube acredita que segregar ou separar torcedores significa tratá-los como inimigos, sendo este um dos fatores que aumenta a violência dentro e fora dos estádios”, afirma outro trecho.

Confira a nota completa:

Em 20 de setembro de 2018, foi publicada reportagem na Gazeta do Povo com o seguinte título: “ARENA DO ATLÉTICO REGISTRA QUASE UMA BRIGA POR JOGO COM ESQUEMA DE “TORCIDA ÚNICA”.

Consta na reportagem que após a implantação do projeto denominado pela reportagem de “torcida única” teria havido a constatação de sete ocorrências de briga entre torcidas adversárias. Não é verdade!

O Clube, por seu Departamento Jurídico, acompanha todas as ocorrências registradas na Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (DEMAFE) e constatou que nenhum registro ocorrido teve relação com a implantação do referido projeto.

O projeto de iniciativa do Ministério Público Estadual e encampado pelo Atlético Paranaense prima pela mudança de cultura do torcedor em relação ao ato de torcer e pelo respeito à convivência entre as pessoas. Por isto do nome “TORCIDA HUMANA”.

O Clube acredita que segregar ou separar torcedores significa tratá-los como inimigos, sendo este um dos fatores que aumenta a violência dentro e fora dos estádios.

Como todos sabem, o Clube Atlético Paranaense tem hoje o estádio mais seguro do País que é referência pela utilização da biometria como método de identificação dos torcedores, o que já demonstrou ser um meio eficaz para o combate da violência. Quem ferir regras, será punido. Não existe mais impunidade.

Fora do estádio, porém, a violência se manifesta quando torcedores adversários se deslocam entre estados, cidades ou bairros para assistir a uma partida, o que demanda o direcionamento de forças públicas de segurança para este acompanhamento preventivo em detrimento da atuação em áreas mais sensíveis para população.

Com esta visão é que o Clube defende o projeto da TORCIDA HUMANA.

Por certo que um projeto dessa grandiosidade exige uma fase de transição e, evidente que alguns atos isolados e de menor gravidade ainda irão ocorrer, mas certamente esta nova orientação irá prevalecer e o nosso estádio voltará a ser frequentado por todos os torcedores e suas famílias, sem qualquer preocupação em relação à violência dentro e fora do estádio.

Os dados até aqui coletados demonstram que o projeto da TORCIDA HUMANA iniciado em 16 de maio de 2018 está sendo muito bem-sucedido. Ao contrário do que demonstrou a reportagem, não existe qualquer ocorrência registrada e relacionada a este fato e, em argumento oposto, já se notou que houve uma redução drástica no efetivo policial deslocado para os jogos.

O Atlético Paranaense, portanto, segue com a sua determinação de inovar no sentido de dar mais conforto e segurança aos seus sócios, demais torcedores e famílias que frequentam seu estádio. Tanto com o consagrado nacionalmente sistema de biometria, quanto com a TORCIDA HUMANA.

Vamos todos juntos por amor ao Furacão.

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