A temporada mal começou e o Atlético já tem pela frente a primeira decisão. Amanhã, a partir das 21h45, no Estádio El Campín, em Bogotá, o Rubro-Negro decide contra o Millonarios, uma vaga para seguir adiante na Copa Libertadores da América.
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Desde a classificação à competição, com a conquista da sexta colocação no Brasileirão, ficou claro que a disputa internacional seria a “menina dos olhos” do Furacão. Por parte da diretoria, as contratações eram anunciadas como importantes reforços para a Libertadores. Não à toa, a cúpula do Furacão apostou em nomes com experiência na disputa, como os veteranos Carlos Alberto e Grafite. Aliás, coube ao último, com sua tranquilidade, bater o pênalti sofrido na primeira partida contra os colombianos, vencida por 1×0 pelo Furacão, com o apoio da torcida na Arena. Outros atletas que chegaram, como o jovem Luís Henrique, fez questão de afirmar que a participação do time no torneio pesou positivamente para a sua negociação.
Para os torcedores, então, nem se fala. Muito do orgulho dos atleticanos está na quinta participação do Furacão na disputa, que coloca o time em destaque em relação aos rivais Coritiba e Paraná Clube, com duas e uma participações, respectivamente. Vale lembrar que o Atlético chegou, ainda, ao vice da competição em 2005.
No entanto, apesar da empolgação na nação atleticana, o técnico Paulo Autuori foi pragmático. Seguindo a filosofia de dar um passo de cada vez, que no futebol significa encarar jogo a jogo, competição à competição, ele pede tranquilidade, independente do resultado que vier amanhã.
“Eu prezo pelo equilíbrio. Então sem euforia se você passar e tão pouco sofrer traumas se for eliminado”, afirmou Autuori antes da viagem à Bogotá, num discurso marcado pela lucidez e pela experiência de quem já levantou a taça duas vezes competição internacional e foi Campeão de Clubes pelo São Paulo.
“Sou contra essa ideia de outros clubes, torcidas e até da imprensa de que a Libertadores é tudo. Nós queremos que a equipe seja competitiva em todas as competições”, disse logo após o empate em 2×2 contra o PSTC, pelo Estadual.
Mais do que criar polêmica, as palavras do comandante parecem caber à perfeição às vésperas de uma partida onde a tranquilidade será mister para que o bom resultado venha. Com mais entrosamento em relação à estreia e com o reforço do meia Nikão e do lateral-direito Léo, que jogou apenas uma parte do primeiro duelo com os colombianos, a tendência é que o time consiga trabalhar bem a bola e, com calma e sem pressão, buscar balançar as redes.