Enfim, o ataque do Atlético deslanchou. E com categoria. Se até então o Furacão tinha marcado dez gols em oito rodadas, no sábado a equipe marcou nada menos do que sete gols, na goleada por 7×1 sobre o Rio Branco, na Arena da Baixada. Um resultado que surgiu ao natural e foi mérito de todos que estiveram em campo.
Tirando a empolgação do placar, que não é nada normal no futebol, a atuação em si é o maior motivo para o Rubro-Negro comemorar. Claro que marcar sete gols em um adversário sempre é motivante, mas a maneira como o time se comportou em campo é que precisa ser levada em diante. O próprio técnico Tiago Nunes acredita que é preciso ver além do placar.
“Não posso levar só o resultado em consideração. A gente que está envolvido diariamente no trabalho, vê tantas coisas que precisam ser melhoradas. Treinador sempre observa as carências, o que precisa ser melhorado, e deixa um pouco de lado as virtudes. Estávamos ganhando por 6×1 e eu seguia tenso. Mas o que mais me deixa tranquilo é a entrega dos jogadores. Estamos em um caminho bom, não podemos só nos basearmos apenas no resultado”, ressaltou o treinador.
Desde o primeiro minuto de jogo, o Atlético se posicionou de maneira ofensiva. Forçava a marcação no seu campo de ataque e, com a bola nos pés, sabia o que fazer. Trocas rápidas de passes, jogadas com objetivo e velocidade tanto na frente, quanto atrás. Tanto que não demorou para abrir o placar, com João Pedro, cobrando falta em dois lances, aos dez minutos. Aos 17, já vencia por 2×0, novamente com João Pedro marcando.
Aliás, o camisa 10 mais uma vez foi um dos destaques do Furacão, criando chances e também as executando. Só que precisou deixar o campo aos 31 minutos, com um desconforto muscular na coxa. Nada que atrapalhasse o rendimento do time, que teve diversos destaques individuais, principalmente no meio-campo.
Matheus Anjos também chamou a responsabilidade. Foi o grande articulador atleticano. Deu o passe para o primeiro gol, participou do terceiro, de Ederson, e também fez o cruzamento para o quinto, de Léo Pereira. Manteve a regularidade o tempo todo e ainda contou com a ajuda de Bruno Guimarães, outra peça-chave, que fez o quarto e deu o passe para o sexto.
Confira a classificação completa do Campeonato Paranaense
Ainda teve o sétimo, que não foi bem construíd0 pelo Atlético, mas ficou na conta do goleiro Jhones, que tentou driblar Alex Sandro duas vezes, perdeu a bola e ficou só olhando o complemento da jogada, em um dos lances mais pitorescos do Estadual deste ano. De qualquer maneira, tudo fruto da postura em campo do time, que não relaxou e mostrou estar focado o tempo todo. Algo que tem que ser levado para frente nesta reta final de Paranaense.
“Conseguimos impor um ritmo forte, foi um placar elástico, merecido, aproveitamos as chances e tomara que a partir deste momento consigamos manter este ritmo, qualidade de jogo e sem perder o equilíbrio, naturalmente”, acrescentou o comandante rubro-negro.