Time perdido em campo. Torcida deixando a Arena da Baixada antes (bem antes) do apito final. Vaias. Xingamentos. “Time sem vergonha” ecoando das cadeiras. Derrota.
Esse resumo virou uma triste rotina para o Atlético nas últimas semanas. Se a equipe está classificada para as oitavas de final da Copa Libertadores e para as quartas de final da Copa do Brasil, vem colecionando derrotas dolorosas, principalmente dentro de casa. Domingo (11) foi assim de novo. Um time desordenado desde o apito inicial foi envolvido pelo Santos e perdeu por 2×0. Pra piorar, o resultado colocou o Furacão na lanterna do Campeonato Brasileiro – e com dois jogos fora de casa (contra Atlético-MG e Atlético-GO) por vir.
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Apesar do novo comando, de Eduardo Baptista, algumas coisas não mudaram no Atlético. Como a insistência com Douglas Coutinho. Ontem, o Furacão sacrificou Pablo para que o atacante começasse jogando, mudando todo o sistema ofensivo rubro-negro – Coutinho foi para direita, empurrando Nikão para a esquerda e Pablo para centroavante. Não funcionou. E, como todo mundo sabe, falta armação, então o time só chegava na base do chuveirinho, logo na partida em que não tinha um “camisa 9” em campo.
O Santos só esperava a hora certa para encaixar um contra-ataque. Quando teve a chance, mandou ver. Sidcley e Matheus Rossetto trocavam passes e o volante perdeu a bola para Bruno Henrique, que arrancou e tabelou com Thiago Maia. O Atlético estava todo desarrumado, e foi fácil deixar Kayke na cara do gol. O ex-atacante do Paraná Clube abriu o placar e começou a transformar a esperança rubro-negra em angústia na Arena.
Se já havia pressão, ela explodiu após o segundo gol, apenas dez minutos depois do primeiro. E mais do mesmo, só que do outro lado. Contra-ataque, Thiago Maia para Bruno Henrique, depois Kayke e gol. Os gritos de “time sem vergonha” começaram a ser ouvidos. Eduardo Baptista mandou os reservas para o aquecimento. E já na volta do intervalo decidiu colocar o Furacão no ataque – com Grafite e Ederson. Eduardo da Silva, titular contra o Fluminense, não entrou. Douglas Coutinho, opção em todos os jogos, foi o primeiro a sair. Matheus Rossetto, o que sempre sai, saiu de novo.
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Aí o Atlético era só ataque e defesa, era um time desordenado contra um Santos que se encostou na frente da área esperando o tempo passar. A torcida se desesperava com os erros primários do time, reclamava dos gols anulados (acertadamente) por impedimento, não admitia a displicência de alguns jogadores e a falta de ritmo, em junho, de Grafite e Felipe Gedoz. E aí começou tudo de novo.
Time perdido em campo. Torcida deixando a Arena da Baixada antes (bem antes) do apito final. Vaias. Xingamentos. “Time sem vergonha” ecoando das cadeiras. Derrota. Só que com uma última linha doída para o torcedor rubro-negro. Ao final do jogo contra o Santos, o Atlético era o lanterna do Brasileirão.