O Atlético está ficando cada vez mais previsível. Jogando no Maracanã, na noite de domingo (20), o Furacão seguiu com sua forma de jogar, teve mais posse de bola, mas acabou sendo pressionado pelo Fluminense na saída para o ataque e o reflexo disso foi mais uma vez um time sem ofensividade, sofrendo com contra-ataques e errando muito, o que culminou na derrota por 2×0 para o tricolor carioca. Um resultado preocupante em termos de tabela.
Com apenas cinco pontos somados, o Rubro-Negro está na 16ª posição, à frente do Internacional, o 17º, apenas no número de gols marcados. No entanto, o Colorado joga hoje contra a Chapecoense e, se ganhar, empurra o time atleticano para a zona de rebaixamento.
Antes de a bola rolar, já no gramado, o técnico Abel Braga disse que ia deixar o Atlético atuar como gosta, dando a bola para eles e fazendo uma marcação em zona, sem deixar espaços. E foi exatamente isso que aconteceu. Sem se afobar, mesmo jogando em casa, o Fluminense esperava para dar o bote certo. O que se refletiu em um jogo lá e cá nos primeiros minutos.
Atuando principalmente pelo lado esquerdo, com Thiago Carleto e Renan Lodi abusando da velocidade, o Atlético até chegava com perigo, mas bastava errar um passe para sofrer do próprio veneno. Principalmente no meio-campo, o time carioca anulava a estratégia do Furacão e, quando roubava a bola, partia rapidamente, normalmente com um número maior de jogadores.
Foi assim que saíram os dois gols. Primeiro, com Jadson chutando cruzado, Santos defendendo e a bola batendo em Thiago Heleno antes de morrer nas redes. Depois, Jadson lançou Marcos Júnior em meio à marcação e o atacante, cara a cara com o goleiro, deu um tapa na saída do camisa 1.
A paciência com a posse de bola, antes uma virtude, parece estar se tornando um problema. Tanto que os principais momentos de perigo do Fluminense se originavam mais em erros do próprio Rubro-Negro, principalmente quando o toque era para trás. O time segue rodando em campo, com os jogadores se aproximando, dando opção para o passe, mas já olham mais para frente. Chutes de longe e muitos cruzamentos já estão aparecendo, na ansiedade de marcar logo e sair do aperto.
Com isso, o time atleticano chegou à sua quinta derrota consecutiva, e em todas elas praticamente atuando da mesma maneira. Desta vez, com menos ímpeto ofensivo, por chegar menos. As dificuldades estão cada vez maiores e só ter a posse de bola não tem dado resultado. E olha que a equipe terminou com 65% do tempo dominando a redonda, mas foi em vão, diante da apatia ofensiva.
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A maior ‘ousadia’ de Fernando Diniz foi no intervalo, com o atacante Ribamar entrando no lugar do zagueiro Zé Ivaldo. O objetivo era melhorar justamente essa troca de passes, mas também permitiu que os contra-ataques do adversário surgissem com mais facilidade. Ao invés de pressionar em busca de um resultado melhor, o Atlético levou sufoco para escapar do terceiro gol.
Mais uma vez só ter a posse não foi suficiente. Preso na marcação, o Furacão não conseguia construir as jogadas e se via perdido em campo, principalmente pelo meio, sem conseguir desafogar as jogadas. Resultado, mais uma derrota e sinal de alerta piscando cada vez mais alto.