Foi por pouco, mas o Atlético está classificado para a segunda fase da Copa Sul-Americana. Jogando no estádio Marcelo Bielsa, em Rosario, o Furacão perdeu por 2×1 para o Newell’s Old Boys, na noite de quinta-feira (10), mas, como havia vencido por 3×0 na Arena da Baixada, segue vivo na competição internacional. No entanto, a conquista da vaga não pode esconder algumas falhas que o Rubro-Negro voltou a apresentar.

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O placar pode até dar a entender que o duelo foi equilibrado. E, de fato, até foi, mas o time atleticano só não sofreu mais porque Nikão resolveu a parada aos 40 do segundo tempo e também porque a equipe argentina não mostrou qualidade o suficiente para reverter a desvantagem, embora tenha ficado bem perto.

Com a vantagem nas mãos, o Atlético abdicou de atacar e deixou o Newell’s ir para cima, na tentativa de ter espaço para os contra-ataques, sua principal arma. Só que o meio-campo do Furacão foi novamente anulado – assim como já havia acontecido diante de Bahia e Palmeiras – e, assim, os donos da casa se mantinham no ataque a maior parte do tempo, embora o time de Fernando Diniz seguisse com mais posse de bola.

E, da mesma maneira que foi no último domingo, contra o Palmeiras, na Arena da Baixada, o Rubro-Negro sofreu do próprio veneno, quando em rápido contra-ataque, Leal foi lançado sozinho e tocou na saída de Santos para abrir o placar em Rosario. Um lance muito semelhante ao terceiro gol do time paulista, pelo Brasileirão.

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Falhas que não se refletiram apenas nos gols do adversário, que chegou ao segundo aos 18 da etapa final, novamente com Leal, de cabeça. O posicionamento dos jogadores em campo já são ’aguardados’. O Atlético em muitos casos foi facilmente desarmado, sem sequer chegar com perigo lá na frente.

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Consequentemente, o trio Guilherme, Nikão e Pablo foi pouco acionado outra vez e ficou preso na marcação argentina. Nikão precisou voltar para pegar na bola, enquanto Pablo também deixou a área. Sem ofensividade, não havia forma de buscar o gol, que só veio no final da partida, na base do desespero dos donos da casa, quando Nikão aproveitou cruzamento de Camacho.

O Furacão não abriu mão do seu estilo de jogo para garantir a vaga, como Fernando Diniz disse que poderia acontecer na véspera da partida, mas sim porque não conseguiu implementar outra vez sua filosofia. Apenas a troca de passes pra lá e pra cá, sem objetividade, já não ’engana’ os adversários, que partem pra uma marcação mais forte.

A classificação minimiza os erros em campo, mas o time completou cinco jogos sem ganhar e com dificuldades para mostrar o mesmo futebol do duelo da ida contra o Newell’s. Será preciso mais para voltar a ser aquele Atlético, que, por ora, ainda tem motivos para comemorar.