Na temporada em que mais investiu no futebol nos últimos tempos, o Atlético decidirá sua vida na Copa Libertadores da América nesta quarta (22), às 21h45, diante do Deportivo Capiatá, no estádio Erico Galeano, no Paraguai. O duelo contra o modesto time paraguaio vale muito mais do que ter um calendário mais recheado daqui em diante. Se conseguir chegar ao grupo 4 da competição internacional, o Furacão lucrará nada menos do que R$ 5,6 milhões, potencializará suas receitas com outros recebíveis – como sócios e bilheterias – e terá ainda mais condições de montar um grupo mais qualificado para a sequência da temporada.
Mas para não ver o sonho de voltar a jogar uma fase de grupo da Libertadores, o Atlético precisa de gols. O empate em 3×3 no jogo de ida vai obrigar o Furacão a vencer o jogo na casa do adversário. Aliás, vencer como visitante não é a especialidade do time atleticano desde que o técnico Paulo Autuori chegou ao clube, em março de 2016. A última vitória fora de Curitiba aconteceu em setembro, quando venceu o Grêmio por 1×0, pela Copa do Brasil, mas acabou sendo eliminado nos pênaltis.
O treinador do Atlético, desde de março de 2016, comandou o time em 33 jogos fora de casa. Foram apenas cinco vitórias, oito empates e 20 derrotas, totalizando o aproveitamento pífio de apenas 23%. Desta vez, para chegar à fase de grupos da Libertadores, o Furacão terá que se superar, passar por cima dos seus próprios limites e vencer o modesto time do Deportivo Capiatá, que tem apenas oito anos de existência.
Uma das esperanças de gols do Atlético para este compromisso decisivo pela Libertadores é o atacante Pablo. Acostumado, desde o ano passado, a fazer gols decisivos com a camisa atleticana, o camisa 8 do Furacão espera poder contribuir com a equipe atleticana para que o Rubro-Negro leve a classificação para casa.
“Só continuaremos vivos se marcamos gol e o nosso time mostrou nossa força ofensiva nos últimos jogos. Estamos confiantes e faremos de tudo para buscarmos essa classificação. Sabemos o significado de entrar na fase de grupos para o Atlético. Eu, particularmente, gostei muito de atuar na Libertadores e quero jogar muito mais. Sabemos da dificuldade que encontraremos, porém, estamos bem treinados para fazermos um grande jogo e dar essa vaga que será importante para nós, comissão técnica, torcida e diretoria”, cravou Pablo.
O time paraguaio, apesar da sua pouca tradição, calou a Arena, semana passada e arrancou o empate em 3×3 no final do jogo. Apesar do investimento infinitamente menor do adversário, todo cuidado será pouco para a partida de volta e que vale vaga na próxima fase da Libertadores. “Creio que eles jogarão da mesma forma. O time deles tem qualidade, mas temos que nos preocupar com a forma que vamos entrar. Temos que estar concentrados, focados e fazer o que o Paulo Autuori tem nos pedido”, declarou o zagueiro Thiago Heleno.
Voltando
O Atlético para este compromisso decisivo pode ter uma mudança. Recuperado de lesão, o meia Carlos Alberto está novamente à disposição. Se o experiente armador for titular, Felipe Gedoz deve deixar a equipe. O restante da equipe deverá ser a mesma que empatou em 3×3 contra o paraguaios no jogo, semana passada, na Arena da Baixada.
Ficha técnica
LIBERTADORES
3ª Fase – Jogo de volta
Deportivo Capiatá x Atlético
Deportivo Capiatá
Medina; Bonet, Cristian Martinez, Ortigoza e Noguera; Néstor González, Ledesma, Aléxis González e Mendieta; Irrazabal e Gamarra.
Técnico: Diego Gavilán
Atlético
Weverton; Jonathan, Paulo André, Thiago Heleno e Sidcley; Otávio, Lucho González e Felipe Gedoz (Carlos Alberto); Nikão, Pablo e Grafite.
Técnico: Paulo Autuori
Local: Erico Galeano (Capiatá-PAR)
Horário: 21h45
Árbitro: Néstor Pitana (ARG)
Assistentes: Gustavo Rossi (ARG) e Diego Bonfa (ARG)
Transmissão: RPC