O Atlético começa a semana com os olhos voltados para a estreia na Copa Libertadores da América, contra o Millonarios, da Colômbia, marcada para as 21h45 desta quarta-feira (1), na Arena da Baixada. Assim como ocorreu nas outras quatro participações do time na competição internacional, o Furacão não esconde que a disputa é prioridade do clube.
No entanto, ecos da partida contra o Rio Branco, em Paranaguá, neste domingo (29), ainda perduram. Não pelo resultado de 1×1 conquistado pela garotada do Ventania, mas pelos fatores extra-campo que tiraram o técnico Paulo Autuori do sério. Durante a partida na Estradinha, ele foi alvo de ofensas e cusparadas, bem como o goleiro Weverton, que também alega ter sido atingido por cachaça e saliva.
O mal-estar entre os clubes começou quando o técnico Paulo Autuori teceu críticas ao gramado da Estradinha, mesmo sem nunca ter ido até o estádio. “Recebi informações de pessoas de confiança”, disse.
O presidente do Rio Branco, Thiago Campos, tomou a crítica como ofensa e se disse chateado com o ocorrido. ‘Nos pegou muito desprevenidos, porque primeiro que ele não tinha conhecimento com relação ao estádio. Nunca havia vindo aqui, nem ele e nem outro clube, pois o estádio passou por uma revitalização. Ele foi muito infeliz, começou a preparar todo o cenário antes da partida, a criar uma situação e jogar o torcedor contra ele mesmo. Foi incitando a violência. Foi desnecessário, porque acaba desmerecendo os clubes pequenos. Se ele imagina que todos podem ter o mesmo padrão do Atlético, isso é impossível, não apenas o Rio Branco, mas ninguém‘, afirmou Campos, em entrevista à Tribuna.
Para o técnico Paulo Autuori, nada justifica a atitude de parte da torcida parnanguara. “É preciso mais educação. Estou vendo daqui a pouco a Chapecoense ser vaiada. É hipocrisia. Tem que torcer sem xingar. Isto é medíocre. São covardes de plantão que ficam prrtegidos pela grade e só fazem isso porque estão em grupo. Quem está ali é profissional, está trabalhando”, disparou. O goleiro Weverton também fez duras críticas ao que chamou de “meia dúzia de torcedores”. “Jogador tem que ter o psicológico forte para aguentar, mas aqui faltaram com o respeito ao cuspir e atirar cachaça.”
O Rubro-Negro aguarda a publicação da súmula para tomar providências em relação aos episódios protagonizados em Paranaguá.
A Federação Paranaense de Futebol tem até três dias úteis após o jogo para divulgar a súmula. Só a partir da publicação do documento é possível saber de o Rio Branco vai para o banco dos réus em função do comportamento de alguns torcedores. Caso isto ocorra, o time parnanguara pode perder um ou mais mando de jogos. De acordo com o diretor jurídico do Rubro-Negro, Rodrigo Gama Monteiro, o departamento jurídico vai analisar o caso. “Ainda decidiremos sobre as providências que vamos tomar, até mesmo no âmbito do TJD-PR”, explicou.
