‘Pau que dá em Chico, dá em Francisco‘. O Atlético tem proibido a entrada de torcedores adversários nos jogos dentro da Arena da Baixada e, por isso, pode sentir, muito em breve as fortes consequências dessa decisão. O que vale para os outros, poderá valer também para o próprio clube. Isso porque, em retribuição à ‘gentileza‘, os alguns times estão barrando a entrada dos atleticanos nos estádios rivais, o que já aconteceu nos confrontos contra o Paraná Clube e contra o Botafogo, no Campeonato Brasileiro. A proibição nesses dois jogos não fez tanto ‘barulho‘, mas como daqui pra frente o Furacão precisará reunir todas as forças – inclusive vindas da arquibancada – para sair da situação delicada em que se encontra, precisa urgentemente rever se banir visitantes é a prioridade neste momento.
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A decisão veio a partir de um projeto do Ministério Público do Paraná (MPP-PR), que prevê torcida única nos jogos de futebol. O MP sugeriu e o Rubro-Negro acatou. Até o momento, foram três partidas dentro da Arena da Baixada em que os adversários – na teoria – precisavam ficar de fora: contra Cruzeiro, pela Copa do Brasil, no dia 16 de maio; Santos, no dia 31, e São Paulo, no dia 9 de junho. Esses dois últimos, pelo Brasileirão.
No papel, a iniciativa prevê uma possível segurança aos torcedores do time da casa e menos efetivo policial na rua. Na prática, torcedores rivais ainda no estádio – ainda que não estejam trajados -, tendo que segurar os gritos de emoção e correndo o risco de se envolverem em alguma confusão. Para muitos, uma morte ao futebol raiz. Na área reservada para visitantes na Baixada, apenas dois seguranças fazem a proteção e não diversos policiais como geralmente acontece. Uma bomba prestes a explodir. Nas ruas, as mesmas ocorrências de violência concentradas, na maioria das vezes, em terminais de ônibus e longe das praças esportivas que recebem os jogos.
O Conselho Deliberativo do Atlético tem colocado em pauta diversos itens que visam a mudar algumas decisões controversas dentro do clube. Entre esses assuntos, a torcida única é um dos temas contestados pelos conselheiros, mas nada ainda foi decidido, já que precisam do aval do presidente Mário Celso Petraglia, que, por sua vez, não faz questão de reverter a decisão.
Ao que tudo indica, os dirigentes do Atlético não se importam pela falta de cordialidades com os outros times. Firmes na decisão, sequer tentaram reverter a medida de Paraná Clube e Botafogo e, por isso, não solicitaram a carga de ingressos para serem vendidos aos atleticanos nesses jogos.
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Caso os representantes do Rubro-Negro não façam força para mudar a decisão pela entrada exclusiva dos atleticanos no estádio – que um dia foi o Caldeirão -, a tendência é que o Furacão sofra mais represálias. A mensagem que está sendo transmitida, até o momento, é de um time antipático, que não faz questão de receber visitas em casa. Mas o efeito pode ser reverso e poucos farão questão de serem anfitriões do Atlético. Se a medida se estender, corre-se o risco de minar – mais ainda – o relacionamento entre diretoria e torcida e, também, entre Atlético e demais clubes brasileiros. E, vale lembrar que, isso pode até refletir na campanha do time, que neste momento, briga pra fugir do rebaixamento.