O torcedor do Atlético que foi à Arena da Baixada na noite de quarta-feira (7), deve ter ido embora se perguntando o que é que acontece com o time em campo. Não tanto por causa da derrota por 1×0 para o Corinthians em si, que deixou o Furacão ainda mais distante da classificação da Libertadores, mas sim pelo que ocasionou mais um tropeço. A velha frase “jogou como nunca, perdeu como sempre”, se encaixa perfeitamente com o que aconteceu no duelo.
O Rubro-Negro controlou a maior parte do confronto, foi mais ofensivo, dominou o líder do Campeonato Brasileiro, mas segue sofrendo com o fato de não conseguir transformar este domínio em resultado a seu favor.
“A história é a mesma. Criamos, fomos organizados, a equipe jogou bem e o Corinthians sem criar ocasição consegue o gol e levar os três pontos. É continuar trabalhando, mas merecíamos algo mais e vamos ter que buscar o resultado contra o Botafogo”, admitiu o técnico Fabiano Soares, já pensando na próxima rodada.
Como um todo, a equipe melhorou em relação às partidas anteriores. Mostrou um pouco mais de vontade – algo que foi duramente cobrado pelo zagueiro Paulo André após a derrota para o Cruzeiro -, foi mais firme na marcação, trabalhou melhor as jogadas e criou as oportunidades.
Tanto que acertou a trave em uma falta cobrada por Felipe Gedoz, teve a grande chance de sair na frente em um pênalti que Nikão bateu no meio do gol e Walter defendeu e ainda colocou a bola diversas vezes na área corintiana. Mas tirando as bolas paradas, o Atlético parecia não saber o que fazer lá na frente.
Confira a classificação completa do Brasileirão
Mesmo diante de maior posse e chegando com frequência ao ataque, Ribamar foi pouco acionado. As melhores chances foram criadas por Felipe Gedoz, principalmente, Nikão e Lucho González. Mas nada que fizesse Walter trabalhar tanto. E isso fez a diferença.
A torcida via um time organizado, acuando o Corinthians, mas faltava um algo mais. Um algo que o líder do Brasileirão teve. Praticamente na única grande chance que teve, aos 32 minutos do segundo tempo, Giovanni Augusto, dentro da área, bateu cruzado e contou com uma certa colaboração de Weverton, que se atrapalhou com o posicionamento de Rodriguinho em sua frente.
E depois disso ficou ainda mais complicado superar a retranca do adversário. A bola rodava de um lado para o outro, passava de pé em pé, mas sem uma finalização concreta, sem infiltração na área. Problemas que seguem acompanhando e atrapalhando o Furacão, que agora vê o G7 a oito pontos de distância e tendo só 15 para serem disputados.